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ALESSANDRA ARAGÃO
Alessandra Aragão
Comunicadora, trabalha com desenvolvimento humano, atuando em terapia sistêmica, mentoria positiva e coaching de vida e carreira
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Onde está a sua alegria?

E então, que tal iniciarmos juntos o cultivo dessa alegria? Afinal, ela não é um destino, mas sim um caminho que trilhamos diariamente

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O carnaval está chegando e quem me acompanha nas redes sabe: eu me rendo à folia! Adoro ver as ruas tomadas por cores, música e a energia contagiante dos blocos. O carnaval tem esse poder de reunir pessoas diversas em uma grande celebração coletiva.
 
Mas, sabe, está tudo bem se você não se sentir à vontade nesse cenário. A alegria não precisa ter a mesma forma para todos nós. Há aqueles que não gostam do tumulto, do barulho, ou simplesmente não encontram sentido nessa forma de extravasar. E isso é perfeitamente válido. Para alguns, essa resistência gera questionamentos: por que não gosta? O que há de errado? Mas a verdade é que está tudo certo, cada um encontra a alegria à sua maneira.
 

 


Já parou para pensar que, às vezes, a pressão para se encaixar em uma festa coletiva pode nos afastar da nossa própria alegria? Em um mundo tão acelerado, onde a exaustão é quase uma constante, é comum nos perdermos de nós mesmos.

No meu consultório, ouço muitas pessoas que já não sabem mais o que as faz felizes. A rotina, o estresse e a falta de conexão consigo mesmas parecem ter apagado o brilho nos olhos delas. Mas, acredite, a alegria ainda está aí, dentro de você.
 

 


A psicologia positiva, um campo que estuda o bem-estar e a felicidade, aponta que a alegria não depende apenas de fatores externos, mas de hábitos internos que cultivamos. Martin Seligman, um dos principais estudiosos dessa área, defende que a verdadeira felicidade se constrói através de hábitos internos, como cultivar emoções positivas, buscar engajamento, construir relações significativas, encontrar um sentido na vida e buscar a realização pessoal.

Dessa forma, a alegria autêntica não se restringe a um momento de festa, mas a um estado contínuo de contentamento e conexão com o que realmente importa para cada um, não precisa ser um evento grandioso. Ela pode estar em um café da manhã tranquilo, em uma conversa com um amigo, na leitura de um livro ou na satisfação de um trabalho bem feito.
 

Baruch Espinosa, um filósofo que admiro, via a alegria como uma emoção ativa, algo que nos impulsiona a agir e a criar. Para ele, a alegria é essencial para o desenvolvimento humano e para a construção de uma vida mais plena. Assim, encontrar o que nos alegra não é um luxo, mas uma necessidade para viver com mais equilíbrio e propósito.

E então, que tal iniciarmos juntos o cultivo dessa alegria? Afinal, ela não é um destino, mas sim um caminho que trilhamos diariamente.

Para começar, convido você a se aprofundar no autoconhecimento. Pergunte-se: o que realmente faz seu coração vibrar? O que você faz que te faz perder a noção do tempo? Quais atividades te deixam com um sentimento de realização? O que te motiva e te inspira? Quais momentos da sua vida te trouxeram verdadeira felicidade? Ao identificar essas respostas, você estará mais perto de criar uma vida alinhada com seus valores e paixões.

Em seguida, cultive a gratidão. Sugiro que reservemos um momento do dia para listar três coisas boas que aconteceram: uma vaga no estacionamento, o motorista gentil do Uber, uma receita de que deu certo, um bom dia de treino, uma noite de lua cheia, um banho sem pressa, uma gentileza que fez ou recebeu, um problema que resolveu. Mesmo que pareçam insignificantes, esses pequenos detalhes fazem toda a diferença em nossa perspectiva.

Além disso, vamos fortalecer nossas conexões. Dedique um tempo para nutrir os laços com as pessoas que ama. Ligue para aquele amigo que você não fala há tempos, mande uma mensagem para um familiar, convide alguém especial para um café, um passeio agradável, ou simplesmente dedique um tempo para ouvir alguém que precisa desabafar. São esses momentos que aquecem a alma e nos lembram que não estamos sozinhos.

E não se esqueça do autocuidado. Cuide do seu corpo e da sua mente com carinho e atenção. Tenha uma alimentação equilibrada, um sono reparador, faça atividades físicas, exercícios de respiração profunda, e crie momentos de lazer. Tudo isso é essencial para o nosso bem-estar.

Por fim, permita-se ser quem você é, sem se preocupar com a opinião dos outros. Sua alegria é única e individual, pode até ser partilhada, porém a essência dela reside em você.

Embora o carnaval possa até ser um símbolo de alegria, a felicidade não precisa estar condicionada a um evento. Ela se manifesta quando honramos nosso próprio tempo, reconhecemos o que nos faz bem e valorizamos os momentos que realmente importam para nós.

E você, onde tem encontrado sua alegria ultimamente? 
 

As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.

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