Fred Melo Paiva
Fred Melo Paiva
DA ARQUIBANCADA

São Paulo e Crüzeiro são oportunidade e tanto. Bora nóis!

O problema de amanhã, e não apenas de amanhã, é a qualidade sofrível do futebol que até aqui apresentamos desde a saída de Gabriel Milito

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Amanhã tem o São Paulo no Morumbi (me recuso ao trocadalho infame imposto pelos gênios do marketing), e assim começo por essa peleja, de modo a deixar registrado o apelo desesperado deste atleticano patológico: não me abandonem o Brasileirão, pelo amor de Deus.

Embora me negue ao trocadalho, não me surpreenderia o chocolate ao nosso favor, no bis de mais uma vitória por aquelas plagas. O Galo é a pedra na chuteira dos são-paulinos, o Botafogo dos caras, o Criciúma deles. Desde 2013, quando ali se instituiu a Lei R número 10, segundo a qual “quando tá valendo, tá valendo”.

Acorda, pessoal, porque amanhã tá valendo e não é pouco. Se ganha, o Galo passa a sonhar com a zona de classificação da Libertadores. Se perde, o pesadelo do rebaixamento começa a assombrar a gente. Deus me livre e guarde terminar 25 como foi em 24, salvo da degola por uma trave abençoada.

O problema de amanhã, e não apenas de amanhã, é a qualidade sofrível do futebol que até aqui apresentamos desde a saída de Gabriel Milito. Com uma ou outra exceção, a regra se faz com jogos que obrigam à rotineira visita ao Dr. School, para a retirada de calos nos olhos. Para assistir às partidas, como aquela contra o Grêmio ou esta diante do Godoy Cruz, este colunista coloca palitos de dente a sustentar as pálpebras enquanto é ninado pelo esquema tático do professor. Não há insone que resista ao barril de melatonina no qual acabamos mergulhados.

O Galo não pode ver um defunto, que já corre para reavivá-lo, um fato histórico e metafísico que nos acontece desde 1908. Deve ser o outro lado da moeda daquela frase famosa, “não é milagre, é Atlético Mineiro”. O Grêmio agradece. Agora, quando o defunto somos nós, nada como a massagem cardíaca do São Paulo Futebol Clube. Ainda mais se às portas do confronto contra o arquifreguês, na semana que vem.

Desde a internet discada que o cruzeirense não conhece melhor oportunidade de abater o Galo, motivo pelo qual foram fundados em 1921 e desde então existiram, sempre em função do gigante, do colossal e mastodôntico Galão da Massa. Tal oportunidade não diz respeito à qualidade de seu elenco em comparação ao nosso, mas ao esquema de jogo inexistente proporcionado por esse Cucabol ao deus-dará, um Galo Doido, vamos dizer, chapado no Gardenal.

(E o Vojvoda aí dando sopa, agora não mais, contratado que foi para auxiliar técnico do pai do Neymar, que chance desperdiçada, só tem Rony nessa diretoria do Galão.)

Pois bem, uma sequência que inclui São Paulo e Crüzeiro é uma oportunidade e tanto. Ia até dizer que é oportunidade de dar a volta por cima, mas com o bicão pra frente a atravessar por via aérea as linhas adversárias, melhor não. Vamos crer que, de repentemente, possa surgir algum esquema, com Reinier no lugar do Rony e o Emerson Conceição do ataque devolvido ao Botafogo por ainda estar na garantia. No mais, lançaria mão, em algum momento, do Dudu, a Lei do Ex exercida com adicionais de periculosidade.

Lyanco é caso à parte. Contra o Crüzeiro poderia atuar de muleta ou andador. Basta sua presença viking para que o terror desabe sobre Gabigol e os demais. Dudu pode falar mais a respeito, se der o braço a torcer.

A propósito do nosso sistema defensivo, foi realmente inacreditável que tenhamos aberto mão do Igor Rabello, na faixa, quando havia duas decisões a jogar, contra Godoy Cruz e Crüzeiro. Óbvio ululante que os deuses haveriam de tirar o Lyanco e nos deixar na mão.

Mão, aliás, que tocou a bola dentro da área, contra o GOD, logo nos primeiros minutos do jogo de quinta-feira passada. Entre o pênalti que primeiro me pareceu claro e a correta anulação pelo VAR, este calunista cuspiu todos os marimbondos. Como vende mal essa gente! São capazes de falir uma boca de fumo na Jamaica. Mas, no final, foi bem o Vitor Hugo, salvando a pele dos miseráveis. E que golaço do Natanael, esse achado do Cuca! Bora nóis, que amanhã tem. Gaaaaalooo!!!

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