Rota alternativa na BR-040 revela tesouros escondidos de Minas Gerais
Aproveite o desvio obrigatório em Congonhas para explorar cidades históricas e atrações turísticas que ficam fora do caminho tradicional; veja o roteiro
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Siga noUma obra municipal em Congonhas, na Região Central de Minas Gerais, está mudando temporariamente o trajeto de quem viaja pela BR-040, uma das principais rodovias do estado. O que poderia ser apenas um transtorno se revela uma oportunidade para explorar um circuito turístico repleto de história, natureza e gastronomia local.
O desvio obrigatório leva os motoristas para estradas secundárias que conectam pequenas cidades e vilarejos. Este caminho alternativo, embora aumente o tempo de viagem, oferece uma experiência diferente, longe do fluxo intenso da rodovia principal, e convida a paradas estratégicas para descobrir tesouros escondidos do interior mineiro.
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O desvio que vira passeio
A alteração no tráfego ocorre na altura do quilômetro 614, próximo a Congonhas. Os motoristas que seguem no sentido Rio de Janeiro são direcionados para uma rota que passa por Ouro Branco e Conselheiro Lafaiete antes de retornar à BR-040. Já quem viaja no sentido Belo Horizonte faz o caminho inverso, entrando em Conselheiro Lafaiete.
Este novo percurso abre a porta para um roteiro que pode ser explorado sem pressa. A região é parte do circuito da Estrada Real e guarda relíquias do período colonial, além de paisagens naturais impressionantes que convidam a uma pausa para respirar ar puro e registrar belas fotos.
O primeiro trecho do desvio já coloca o viajante em contato com a Serra do Ouro Branco, uma área de preservação ambiental com vegetação de cerrado e campos de altitude. A cidade de Ouro Branco, ponto de passagem obrigatório, serve como um excelente ponto de partida para explorar a região.
A partir dali, é possível esticar o passeio e conhecer municípios vizinhos que normalmente ficam fora do mapa de quem apenas cruza o estado pela rodovia principal. Cidades como Moeda e Belo Vale, por exemplo, ficam a poucos quilômetros e oferecem atrações que valem a visita.
Roteiro pelas cidades do caminho
Transformar o desvio em uma viagem cultural e de lazer exige um pouco de planejamento, mas a recompensa é grande. Cada cidade no percurso tem sua própria identidade e oferece uma experiência distinta.
Veja o que encontrar em cada uma delas:
Ouro Branco
Além da serra que dá nome à cidade, Ouro Branco possui um centro histórico charmoso, com a Igreja Matriz de Santo Antônio em destaque. É um bom local para experimentar a culinária mineira em restaurantes tradicionais.

Conselheiro Lafaiete
A cidade funciona como um polo regional e oferece mais estrutura de serviços. Vale a pena conhecer o Santuário do Sagrado Coração de Jesus e o Museu e Arquivo Histórico da cidade para entender a importância local na história de Minas Gerais.

Moeda
Acessível por uma estrada secundária a partir da rota de desvio, Moeda é famosa pela Serra da Moeda. O local é um dos principais pontos de voo livre do Brasil, com rampas de parapente e asa-delta que atraem praticantes e espectadores. A vista do topo da serra é um espetáculo.
Belo Vale
Próxima a Moeda, a cidade é conhecida por abrigar o Museu do Escravo, um importante acervo sobre o período da escravidão no Brasil. A região também é cercada por cachoeiras e trilhas, ideais para quem busca contato com a natureza.

Dicas para aproveitar o caminho
Para que a experiência seja positiva, é importante se preparar. As estradas secundárias são bem conservadas, mas o fluxo de veículos pode ser diferente do habitual, especialmente nos horários de pico. Por isso, a organização é fundamental.
Confira algumas dicas para planejar seu passeio:
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Tempo de viagem: calcule pelo menos duas horas a mais no seu tempo total de percurso. Se a intenção for parar e conhecer as cidades, reserve um dia inteiro para o trajeto;
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Condições do veículo: antes de pegar a estrada, verifique os pneus, o nível de óleo e a água do radiador. Ter o carro em boas condições evita imprevistos em trechos com menos estrutura de apoio;
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Planeje as paradas: pesquise antes os pontos que deseja visitar. Verifique horários de funcionamento de museus e restaurantes para não perder a viagem;
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Leve dinheiro em espécie: embora muitos estabelecimentos aceitem cartões, em cidades menores e comércios de beira de estrada o dinheiro pode ser necessário;
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Aproveite a gastronomia: não deixe de parar para um café com pão de queijo ou para almoçar em um restaurante de comida típica mineira. A culinária é um dos pontos altos da experiência.
Por que a BR-040 está com desvio em Congonhas?
O desvio na BR-040 foi implementado para viabilizar uma obra de drenagem pluvial realizada pela prefeitura de Congonhas.
A intervenção é necessária para melhorar o escoamento de água na região e prevenir alagamentos, impactando diretamente o tráfego no km 614.
Qual é a rota alternativa sugerida?
Para quem segue no sentido Rio de Janeiro, o desvio começa em Congonhas e passa pelas cidades de Ouro Branco e Conselheiro Lafaiete.
No sentido Belo Horizonte, o motorista deve entrar em Conselheiro Lafaiete, passar por Ouro Branco e retornar à BR-040 após Congonhas.
Quais cidades posso conhecer nesse novo trajeto?
A rota alternativa principal inclui Ouro Branco e Conselheiro Lafaiete, cidades com importância histórica e boa estrutura.
Com um pequeno ajuste no percurso, é possível visitar também Moeda, famosa pela serra e pelos voos de parapente, e Belo Vale, que abriga o Museu do Escravo.
Quanto tempo a mais a viagem pode levar?
Sem paradas, o desvio pode aumentar o tempo de viagem em cerca de uma hora e meia a duas horas, dependendo das condições do trânsito.
Caso o motorista decida parar para conhecer as cidades, o ideal é reservar um período maior, transformando o trajeto em um passeio de um dia.
O desvio na BR-040 é permanente?
Não, a alteração no tráfego é temporária. O desvio permanecerá ativo apenas durante o período necessário para a conclusão das obras em Congonhas.
A concessionária que administra a rodovia e a Polícia Rodoviária Federal recomendam que os motoristas fiquem atentos à sinalização e às atualizações sobre o tráfego.
Vale a pena fazer o caminho alternativo?
Sim, principalmente para quem não está com pressa. A rota oferece uma experiência de viagem mais tranquila e a chance de descobrir novas paisagens.
O percurso é uma oportunidade para conhecer mais sobre a história de Minas Gerais, desfrutar de sua gastronomia e apreciar belezas naturais que não são visíveis da rodovia principal.