7 lugares incríveis para ver de perto animais ameaçados de extinção
Veja onde ainda é possível avistar animais ameaçados pelo mundo; conheça o ecoturismo que protege espécies como tigre-de-sumatra, lêmures e outros
compartilhe
Siga noVer um animal selvagem em seu habitat natural é uma experiência inesquecível, ainda mais quando se trata de espécies ameaçadas, que correm o risco de desaparecer em algumas décadas. Para além da curiosidade, viajar para locais que abrigam esses animais também é uma forma de apoiar projetos de conservação que lutam diariamente contra a extinção.
Em várias partes do mundo, inclusive no Brasil, existem áreas protegidas, reservas ambientais e parques naturais que aliam turismo sustentável com educação ambiental. O visitante, além de vivenciar paisagens deslumbrantes, contribui com iniciativas que protegem a biodiversidade.
Leia mais:
- Destinos para curtir o frio: 5 cidades mineiras que parecem Europa
- 5 cidades para quem busca sossego com baixo custo de vida
- As 10 cidades mais frias do Brasil em 2025: veja o ranking atualizado
1. Bonito (MS): Arara-azul-grande
No coração do Pantanal e da Serra da Bodoquena, Bonito é um dos maiores exemplos de turismo sustentável do país. Além das grutas cristalinas e rios transparentes, a região é lar da arara-azul-grande, uma das aves mais ameaçadas do Brasil no passado.
Na década de 1980, a espécie esteve à beira da extinção, com menos de 1.500 exemplares na natureza, devido ao tráfico e à destruição do habitat. A partir de ações coordenadas pelo Instituto Arara Azul, com sede na região, a população começou a se recuperar, especialmente nas áreas protegidas do Parque Nacional da Serra da Bodoquena e em Reservas Particulares do Patrimônio Natural.
Atualmente, estima-se que mais de 6 mil araras-azuis vivem em liberdade. É possível observá-las em voos livres pela mata ou em áreas de preservação próximas a ninhos monitorados, são vistas com frequência pelos turistas que visitam Bonito e o entorno.
2. Ilhas Galápagos (Equador): Tartaruga-gigante-de-Galápagos
Nas Ilhas Galápagos, no Equador, as tartarugas-gigantes são as protagonistas. No século XIX, foram caçadas em massa por navegadores, o que levou algumas subespécies à extinção. Desde a criação do Parque Nacional Galápagos, em 1959, programas de reprodução e reintrodução ajudam a recuperar populações, especialmente nas ilhas Santa Cruz e Isabela.
O turismo nas ilhas é controlado e exige guia credenciado, mas oferece a oportunidade de caminhar lado a lado dessas criaturas centenárias.
3. Jalapão (TO): Lobo-guará
O lobo-guará, com sua pelagem avermelhada e patas longas, é típico do Cerrado brasileiro e encontra refúgio no Jalapão, no Tocantins. Desde os anos 1990, o avanço da agropecuária e os atropelamentos em rodovias colocaram a espécie em situação vulnerável. O Parque Estadual do Jalapão, criado em 2001, é uma das áreas de proteção onde o animal ainda pode ser visto, especialmente ao amanhecer ou ao entardecer.
Com estimativas de cerca de 23 mil indivíduos na natureza, o lobo-guará é hoje símbolo da conservação do Cerrado, e o turismo ecológico na região tem papel fundamental em sua proteção.
4. Sumatra (Indonésia): Tigre-de-Sumatra
Na ilha de Sumatra, na Indonésia, o tigre-de-sumatra está entre os felinos mais ameaçados do mundo. A perda de habitat causada pelo desmatamento e a caça ilegal reduziram sua população para cerca de 600 indivíduos nos anos 1990.
Parques nacionais como o Gunung Leuser e Bukit Barisan Selatan são redutos importantes onde trilhas guiadas oferecem aos visitantes a chance de ver rastros, pegadas e, com sorte, o próprio animal em liberdade.
5.Madagascar: Lêmures
Em Madagascar, os lêmures enfrentam risco crítico. Desmatamentos acelerados desde o século XX eliminaram mais de 90% da vegetação nativa da ilha, isolando populações e dificultando sua reprodução.
Espécies como o lêmure-de-cauda-anelada e o indri indri podem ser vistas em parques como o Andasibe-Mantadia e Ranomafana. Esses são destinos populares entre ecoturistas que, ao visitar, ajudam diretamente na manutenção dos parques e das comunidades que vivem do turismo.
6. Parque Nacional Kruger (África do Sul): Rinoceronte-branco
Na África do Sul, o Parque Nacional Kruger é um dos poucos lugares onde ainda se vê o rinoceronte-branco em relativa quantidade. Nos anos 2000, o número de indivíduos caiu drasticamente devido à caça motivada pela comercialização de seus chifres.
Atualmente, a região central do parque é vigiada por patrulhas armadas e monitoramento via GPS. As visitas turísticas ajudam a financiar essas operações e são feitas com rigidez e segurança.
7. Fernando de Noronha (PE): Tubarão-lixa
No arquipélago de Fernando de Noronha, em Pernambuco, o tubarão-lixa habita áreas marinhas protegidas. Espécie inofensiva aos humanos, sofreu com a pesca predatória nas últimas décadas.
Desde a implementação de regras restritivas de mergulho e proteção ambiental, seus avistamentos voltaram a crescer, especialmente na Baía dos Tubarões e em pontos de mergulho guiados.