REVIEW

"Ninja Gaiden: Ragebound" resgata o espírito clássico dos videogames

Novo título combina pixel art, combate fluido e narrativa sombria para conquistar tanto fãs nostálgicos quanto novos jogadores de games e jogos eletrônicos

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Os games antigos nunca estiveram tão em alta. A onda retrô transformou clássicos em tendência, servindo tanto como prato cheio para os retrogamers apaixonados quanto como convite para quem deixou os controles de lado reencontrar a diversão de outrora. É nesse clima que "Ninja Gaiden: Ragebound" surge, misturando a essência dos anos 80 e 90 com pitadas modernas para conquistar públicos de diferentes gerações.

Ficha técnica

  • Desenvolvedora: The Game Kitchen
  • Publicadora: Dotemu
  • Diretor: David Jaumandreu
  • Trilha sonora: Sergio de Prado
  • Plataformas: Microsoft Windows, Nintendo Switch, PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One e Xbox Series X/S
  • Lançamento: 31 de julho de 2025
  • Gênero: Hack and slash / Plataforma 2DModo: Single-player

Herança cultural

A franquia “Ninja Gaiden” tem suas origens no início dos anos 1980 e, ao longo das décadas, se consolidou por seu desafio elevado, combates precisos e ambientação sombria. Antes do lançamento de "Ragebound", a expectativa era alta: fãs esperavam um retorno às origens da série, com comparações inevitáveis a clássicos do NES e SNES, além de títulos como “Castlevania” e “Shinobi”.

Produzido por um estúdio indie, "Ragebound" enfrentou o desafio de equilibrar nostalgia e inovação, prometendo resgatar a essência da franquia e apresentar mecânicas modernas sem perder o charme retrô.

Jogabilidade fluida e estratégica

A jogabilidade é um dos pontos altos do título. O controle é fluido e preciso, com sensibilidade calibrada para combates corpo a corpo intensos e uso estratégico de habilidades especiais.

A progressão dos níveis mistura linearidade com elementos de exploração típicos de metroidvania, incluindo itens secretos e missões ocultas. A introdução da técnica Ninja Fusion, que permite combinar habilidades de Kenji Mozu e Kumori, adiciona uma camada de estratégia, tornando os combates mais dinâmicos.

  • Kenji Mozu: combate corpo a corpo, herdeiro do estilo clássico da série.
  • Kumori: kunoichi do Black Spider Clan, com ataques à distância.

Direção de arte e trilha sonora

Visualmente, "Ragebound" aposta em pixel art estilizada que remete aos clássicos, mas com frescor moderno. A direção de arte bebe diretamente de referências como “Castlevania: Symphony of the Night”, com cenários detalhados e atmosfera sombria.

A trilha sonora, composta por Sergio de Prado, mistura heavy metal com efeitos clássicos do universo ninja, reforçando a ação frenética e a imersão do jogador. O título é leve e estável, com loadings rápidos e quase nenhum bug relevante.

Narrativa e personagens

A narrativa acompanha os eventos posteriores ao “Ninja Gaiden” original. Ryu Hayabusa está ausente, e o foco recai sobre Kenji Mozu, jovem ninja do clã Hayabusa, e Kumori, kunoichi do temido Black Spider Clan. Apesar da rivalidade, eles se unem para combater forças demoníacas usando a técnica proibida Ninja Fusion.

A construção dos personagens é sólida, com arcos claros e carisma, enquanto a narrativa é transmitida por textos, sem dublagem, de forma eficiente e imersiva. Os temas de vingança, lealdade e alianças improváveis dialogam com a mitologia ninja que sempre permeou os jogos eletrônicos da franquia.

Impacto cultural e acessibilidade

No aspecto emocional, o jogo conecta-se diretamente à nostalgia, provocando sentimentos duradouros nos jogadores que cresceram com os clássicos, mas sem deixar de ser acessível para novos públicos.

É um título que resgata o charme retrô e mantém relevância cultural, oferecendo uma experiência coesa e gratificante.

Prós e contras

Pontos positivos

  • Combate fluido e preciso
  • Dois personagens jogáveis com estilos distintos
  • Pixel art estilizada com atmosfera sombria
  • Trilha sonora envolvente
  • Localização em português
  • Boa rejogabilidade

Ponto negativo

  • Alguns cenários podem parecer repetitivos

Vale a pena jogar "Ninja Gaiden: Ragebound"?

Considerando que não adota os mesmos preços praticados pelos grandes lançamentos AAA, "Ninja Gaiden: Ragebound" entrega uma excelente experiência e alto valor de rejogabilidade.

De certa forma, "Ragebound" pode ser visto como uma homenagem aos clássicos dos videogames eletrônicos, evocando o ritmo de “Shinobi” e a atmosfera sombria e bem trabalhada de “Castlevania: Symphony of the Night”.

Ainda que outros reviews não citem essas obras diretamente, é inegável o diálogo estilístico que o game oferece dentro do gênero hack and slash plataforma 2D, equilibrando nostalgia e inovação com fluidez e identidade própria.

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Nota final: 9/10 – Ótimo

Em resumo, "Ninja Gaiden: Ragebound" é uma carta de amor aos videogames clássicos, entregando combate fluido, visual estilizado, trilha sonora imersiva e narrativa eficiente. A experiência é direta, divertida e desafiadora, conquistando tanto fãs nostálgicos quanto novos jogadores de games.

*Esta review foi realizada utilizando a versão para PC de Ninja Gaiden: Ragebound, disponibilizada pela equipe da Dotemu.

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