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Advogado abandona Zuckerberg: ‘Machismo tóxico e loucura neonazista’

'Demiti a Meta como cliente. Não posso, de boa consciência, continuar a ser o advogado deles', explana Mark Lemley

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Mark Lemley, advogado que representava a Meta em um caso envolvendo direitos autorais sobre IA generativa, declarou que não vai mais representar a empresa devido ao "machismo tóxico" e à "loucura neonazista" do CEO, Mark Zuckerberg.

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"Demiti a Meta como cliente. Embora eu ache que eles estão do lado certo na disputa de direitos autorais sobre IA generativa, na qual os representei, e espero que vençam, não posso, de boa consciência, continuar a ser o advogado deles", disse Lemley em seu perfil no Bluesky, rede social que rivaliza com o X (antigo Twitter), de Elon Musk, na segunda-feira (13/1).

A decisão ocorreu após alterações na política da Meta, que decidiu encerrar o programa de checagem de fatos nos EUA, adotando as “notas de comunidade”, modelo inspirado no X, em que usuários comentam sobre a veracidade de postagens.

Sua motivação veio, principalmente, pelas falas de Zuckerberg no podcast “Joe Rogan experience”, que declarou que a cultura corporativa é “neutra” porque tenta fugir da “energia masculina” e que “ter uma cultura que gosta de celebrar um pouco mais a agressão tem seus próprios méritos que são realmente positivos”.

O advogado, que também é professor de direito na Universidade de Stanford - uma das mais renomadas dos Estados Unidos -, comunicou que vai desativar a conta no Threads e que não comprará nada que veja de anúncios no Instagram ou Facebook, "para garantir que o Facebook não receba crédito pela compra".

Além disso, recomenda o Bluesky como uma rede social alternativa ao X (antigo Twitter). “O Bluesky é uma excelente alternativa. Não preciso apoiar um site semelhante ao Twitter administrado por alguém que tenta imitar o Musk”, concluiu.

 

 


Confira a declaração de Mark Lemley na íntegra:


Eu tenho lutado com a forma de responder à descida de Mark Zuckerberg e do Facebook para o machismo tóxico e a loucura neonazista. Embora tenha pensado em abandonar o Facebook, encontro grande valor nas conexões e amigos que tenho aqui, e não parece justo que eu deva perder isso.

Após refletir, decidi continuar no Facebook. Mas estou fazendo as seguintes três coisas:

  1. Desativei minha conta no Threads. O Bluesky é uma alternativa excelente ao Twitter, e a última coisa que preciso é apoiar um site parecido com o Twitter administrado por um aspirante a Musk.
  2. Não comprarei mais nada dos anúncios que vejo no Facebook ou Instagram. O algoritmo deles já tem meu número, e eu regularmente comprei coisas que me mostram. Mas, no futuro, irei diretamente ao site para garantir que o Facebook não receba crédito pela compra.
  3. Demiti a Meta como cliente. Embora eu ache que eles estão do lado certo na disputa de direitos autorais sobre IA generativa, na qual os representei, e espero que vençam, não posso, de boa consciência, continuar a ser o advogado deles.

*Estagiária sob supervisão do subeditor Thiago Prata

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