NOVEMBRO AZUL

Câncer de próstata: prevenção ainda é desafio entre homens

Especialista reforça a importância do cuidado integral e da mudança de comportamento entre os homens em relação à própria saúde

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Mais do que um alerta sobre o câncer de próstata, o Novembro Azul é um convite para repensar o modo como os homens cuidam da própria saúde. Mesmo com avanços na atenção primária e maior oferta de exames preventivos, eles ainda são minoria nos serviços de saúde. Segundo dados do Ministério da Saúde, até setembro de 2025, foram registrados 106 milhões de atendimentos a homens, enquanto entre as mulheres o número chegou a 203 milhões.

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Dados do IBGE apontam que os homens vivem, em média, 6,6 anos a menos que as mulheres. Para o médico de família e comunidade Leonardo Demambre Abreu, da Amparo Saúde, empresa que integra o ecossistema de saúde do Grupo Sabin, parte dessa diferença na expectativa de vida pode ser explicada pela cultura do descuido. “Muitos homens só procuram atendimento quando já apresentam sintomas. A prevenção ainda é vista como algo secundário, quando na verdade é o que mais contribui para uma vida longa e saudável”, afirma.

O especialista destaca que o cuidado com a saúde masculina precisa ser entendido de forma integral, para além do exame de próstata. “A avaliação deve ser personalizada, mas, de modo geral, os exames que mais contribuem para a saúde dos homens incluem o hemograma, glicemia de jejum, perfil lipídico, função renal e hepática, TSH e, em casos selecionados, o PSA. Também são importantes o eletrocardiograma e, a partir dos 40 ou 45 anos, a colonoscopia, dependendo do histórico familiar e dos fatores de risco”, explica.

 

Segundo o especialista, o desafio não está apenas em realizar esses exames, mas em criar vínculos que incentivem o acompanhamento contínuo. “É importante que o homem tenha um profissional de referência, médico ou enfermeiro, e perceba que o checape não é só para quem está doente. Homens assintomáticos também podem estar em risco”, ressalta.

Leonardo reforça ainda que é preciso adaptar a comunicação e as rotinas dos serviços de saúde ao cotidiano masculino. “Muitos homens preferem atendimentos rápidos e objetivos. Flexibilizar os horários de checape voltados a esse público, mostrar dados personalizados e envolver a família no processo são estratégias que ajudam a mudar o comportamento”, diz.

O médico lembra, por fim, que o cuidado é mais do que prevenir doenças, mas também um investimento em qualidade de vida. “Quando o homem entende que ao cuidar agora ele ganha anos de saúde, evita internações e mantém o desempenho no trabalho e na família, a prevenção deixa de ser obrigação e passa a fazer sentido”, destaca.

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