FERTILIZAÇÃO

Estudo brasileiro mostra que óvulos imaturos ainda têm potencial de uso

Achado, que pode ajudar casais com poucas chances de gravidez foi apresentado no 29º Congresso Brasileiro de Reprodução Assistida em São Paulo

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Um novo estudo feito por pesquisadores brasileiros mostra que óvulos definidos como VG ou Vesículas germinativas, considerados "imaturos" e que normalmente são descartados em tratamentos de fertilização podem, na verdade, ter uma expectativa de utilização.
 
 
Após dois dias de cultivo em meio especial e mantidos nas incubadoras que simulam o ambiente das tubas uterinas, até 60,9% dos óvulos frescos e 74,4% dos que estavam congelados atingiram o estágio ideal para serem usados em fertilizações. Esta pesquisa será apresentada no 29º Congresso Brasileiro de Reprodução Assistida, que acontece de 5 a 8 de outubro em São Paulo e pode ajudar casais com poucas chances de gravidez, ao ampliar o aproveitamento dos óvulos disponíveis.
 
 
O estudo prospectivo comparativo foi realizado pela equipe de embriologistas da clínica de reprodução humana carioca Fertipraxis e teve aprovação por Comitê de Ética e anuência das pacientes. Foram seguidos 89 óvulos imaturos de 41 pacientes submetidas a estimulação ovariana (para FIV ou congelamento de óvulos).
 
 
"Em cenários de prognóstico desfavorável, onde cada óvulo conta, pudemos mostrar que manter estes óvulos em cultivo pode gerar óvulos maduros, para congelamento ou para fertilização. E nos que foram fertilizados quando a resposta total das pacientes era muito baixa, após o teste genético, chegou-se a embriões euplóides, ou seja, adequados para transferência e com potencial de sucesso em FIV", explica uma das autoras do estudo, a médica especialista em reprodução humana Maria do Carmo Borges de Souza.
 
 
A pesquisa foi dividida em dois grupos: 46 óvulos imaturos frescos (em ciclos de fertilização) e 43 óvulos imaturos vitrificados e depois descongelados. Após 24 horas, 43,5 % dos óvulos frescos e 53,4 % dos vitrificados (diferença não estatisticamente significativa) maturaram. Após 48 horas, as taxas subiram para 60,9 % (frescos) e 74,4 % (congelados).

Durante o cultivo houve a degeneração de 7 óvulos frescos, nenhum óvulo dos previamente congelados degenerou. "Esse é um achado interessante, que pode levantar a hipótese de que a técnica de congelamento por vitrificação, habitualmente utilizada, não compromete e talvez até proteja a viabilidade dos óvulos imaturos para maturação espontânea", afirma Maria do Carmo Souza.

 
Os autores afirmam que o estudo ainda é pequeno, mas promissor ao dar esperança a casais com mal prognóstico. "São necessários estudos mais amplos para confirmar esses resultados e avaliar o impacto na fertilização e no desenvolvimento embrionário, bem como os resultados clínicos", explica a médica.



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