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Vício em apostas online: 7 sinais de alerta que não devem ser ignorados

A tragédia familiar em Minas Gerais joga luz sobre um problema crescente; saiba como identificar os sintomas da compulsão por jogos de aposta

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Um caso trágico em Minas Gerais acendeu um forte alerta sobre um problema silencioso e crescente no Brasil: o vício em apostas online. Um jovem foi indiciado pela morte da própria mãe, uma professora, supostamente para quitar dívidas acumuladas em jogos. O episódio expõe as consequências devastadoras que a compulsão por apostas pode causar em famílias inteiras.

O que começa como um entretenimento casual para muitos se transforma em uma armadilha financeira e psicológica. Com a facilidade de acesso a plataformas de apostas pelo celular, a linha entre diversão e dependência se tornou tênue. Reconhecer os sinais de alerta é o primeiro e mais importante passo para evitar que a situação saia do controle e buscar ajuda antes que seja tarde demais.

Sinais de que o jogo se tornou um vício

Identificar a compulsão por apostas em si mesmo ou em alguém próximo nem sempre é fácil. O comportamento muitas vezes é escondido por vergonha ou negação. No entanto, alguns padrões são claros e não devem ser ignorados. Ficar atento a essas mudanças pode ser crucial para intervir a tempo.

A seguir, listamos sete comportamentos que indicam que as apostas online deixaram de ser um passatempo e se tornaram um problema sério.

1. Preocupação constante com apostas

O primeiro sinal é quando o jogo domina os pensamentos. A pessoa passa a maior parte do tempo planejando a próxima aposta, revivendo vitórias passadas ou pensando em como conseguir mais dinheiro para jogar. Conversas e atividades cotidianas perdem o interesse, pois a mente está sempre focada no universo das apostas.

Esse estado mental constante impede que a pessoa se concentre em outras áreas da vida, como trabalho, estudos e relacionamentos. O jogo se torna a principal, e às vezes única, fonte de excitação e motivação.

2. Necessidade de apostar valores cada vez maiores

Assim como em outras dependências, o corpo e a mente desenvolvem uma tolerância. Aquelas pequenas apostas que antes geravam adrenalina já não causam o mesmo efeito. Para sentir a mesma emoção, a pessoa precisa aumentar o valor e a frequência das apostas, assumindo riscos cada vez maiores.

Essa escalada é perigosa e leva a um ciclo de perdas financeiras significativas. O que era uma aposta de R$ 10 vira uma de R$ 100 e, rapidamente, pode chegar a milhares de reais, comprometendo o orçamento pessoal e familiar.

3. Irritabilidade ao tentar parar ou diminuir

Quando a pessoa tenta reduzir a frequência ou parar de jogar, surgem sintomas de abstinência. Irritabilidade, ansiedade, inquietação e mau humor se tornam comuns. Esses sentimentos são tão desconfortáveis que, muitas vezes, a única forma de aliviá-los é voltando a apostar.

Essa reação emocional é um forte indicativo de que o controle foi perdido. O jogo deixou de ser uma escolha e se tornou uma necessidade para manter o equilíbrio emocional, ainda que de forma artificial e destrutiva.

4. Mentir para esconder o envolvimento com o jogo

A mentira se torna uma ferramenta para esconder a dimensão do problema. A pessoa mente sobre o tempo que passa jogando, o dinheiro que perdeu e a origem das dívidas. O objetivo é evitar conflitos, julgamentos e a pressão de familiares e amigos para que pare de apostar.

Essa ocultação cria uma vida dupla e aumenta o sentimento de isolamento. A confiança nos relacionamentos é quebrada, dificultando ainda mais o pedido de ajuda.

5. Comprometer relacionamentos e oportunidades

As consequências do vício começam a aparecer na vida prática. A pessoa pode perder um emprego por falta de atenção ou por usar o tempo de trabalho para apostar. Relacionamentos importantes, como casamentos e amizades, se desgastam devido às mentiras e aos problemas financeiros.

O jogador compulsivo também pode abandonar hobbies, atividades sociais e responsabilidades familiares. O mundo se resume à tela do celular ou do computador, e todo o resto fica em segundo plano.

6. Usar as apostas como uma válvula de escape

Muitas vezes, o jogo é usado como uma forma de fugir de problemas reais. Sentimentos de ansiedade, depressão, culpa ou desamparo são temporariamente aliviados pela adrenalina da aposta. É uma tentativa de escapar da realidade, mesmo que isso crie problemas ainda maiores no futuro.

Apostar para esquecer as dificuldades é um ciclo vicioso. As perdas geram mais estresse e angústia, o que, por sua vez, leva a pessoa a apostar mais na esperança de um alívio momentâneo ou de uma vitória que resolva tudo.

7. Pedir dinheiro para cobrir dívidas de jogo

Este é um dos sinais mais graves e que frequentemente precede grandes crises. Após perder o próprio dinheiro, a pessoa começa a pedir emprestado para amigos, familiares e até agiotas. A desculpa pode variar, mas o objetivo é sempre o mesmo: recuperar o que foi perdido ou continuar apostando.

Esse comportamento leva a um endividamento severo e, em casos extremos, a atos desesperados, como furtos, fraudes ou outras atividades ilegais para sustentar o vício, como aponta a investigação do trágico caso em Minas Gerais.

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