VIDA SEXUAL

Mais de 70% consideram sexo essencial, mas 65% têm baixa frequência

Pesquisa mostra descompasso entre a importância atribuída ao sexo e a prática no dia a dia dos brasileiros

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Uma pesquisa revelou a discrepância entre a importância dada ao sexo e a frequência da prática. Realizada em agosto deste ano pela Gleeden, site e aplicativo de encontros extraconjugais e relações não monogâmicas, o levantamento aponta que, embora 72% dos entrevistados considerem o sexo fundamental para a saúde física e emocional, a prática está longe de acompanhar essa percepção: 64% afirmaram ter relações sexuais menos de duas vezes por semana, e apenas 14% mantêm frequência entre cinco e dez vezes.

A diferença ajuda a explicar outro dado: a insatisfação com a vida sexual. Apenas 24% declararam estar plenamente satisfeitos, enquanto 39% se sentem “mais ou menos” satisfeitos e 36% afirmam estar insatisfeitos.

Vida íntima

Para a terapeuta sexual do Gleeden no Brasil, Thais Plaza, esse cenário revela um descompasso comum: “Muitas pessoas reconhecem o papel do sexo no bem-estar, mas não conseguem traduzir isso em prática. Fatores como rotina intensa, estresse e dificuldade de comunicação impactam diretamente a frequência e a satisfação sexual”.

O estudo também mostra como a comunicação ainda é um desafio na vida íntima dos brasileiros. Do total, 47% dizem ter diálogo aberto com o parceiro sobre preferências e limites sexuais, mas 35% ainda estão aprendendo a conversar sobre o assunto e 18% não se sentem à vontade para tratar do tema.

Quando o assunto é o que garante uma vida sexual satisfatória, a prioridade dos brasileiros não está em si mesmos: 47% afirmaram que a principal fonte de prazer é satisfazer o parceiro, enquanto 21% destacaram a importância de chegar ao orgasmo. Frequência (15%), ter mais de um parceiro (15%) e a realização de fetiches (3%) aparecem como fatores menos centrais.

Para a especialista, esse comportamento está diretamente ligado a um aspecto cultural: “Existe uma ideia enraizada no Brasil de que o prazer do outro deve vir em primeiro lugar, mas é preciso equilibrar esse cuidado com o parceiro ao autoconhecimento e à busca pelo próprio prazer”. 

Novas experiências

Outro destaque do levantamento se refere à abertura dos brasileiros para novas experiências. De acordo com os dados, 72% se declararam dispostos a experimentar novas práticas sexuais, desde que haja consentimento, e 44% afirmaram entusiasmo em incorporar fantasias e cenários específicos aos encontros.

Os números podem indicar que, mesmo diante de dificuldades de comunicação e baixa frequência, há uma predisposição crescente a explorar a sexualidade de forma mais ampla e menos conservadora.

O estudo também revela transformações relacionadas às relações não monogâmicas. Cerca de 29% afirmaram ter descoberto novas práticas nesse tipo de dinâmica, enquanto 57% ainda estão explorando e aprendendo. Já sobre o envolvimento emocional, 35% têm receio, mas estão abertos a sentir algo por outros parceiros, 31% não se importam e 15% preferem evitar qualquer tipo de sentimento fora do relacionamento.

Para Thais, o levantamento reforça que o brasileiro está em um processo de redescoberta da própria sexualidade. “Apesar das dificuldades de comunicação e da baixa frequência sexual, os dados mostram uma grande abertura para explorar novas práticas, rever modelos de relacionamento e buscar mais autenticidade na vida íntima. É uma oportunidade de transformar a forma como encaramos o prazer e a intimidade no dia a dia”.

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