Como escolher um ômega-3 de qualidade e evitar suplementos ruins
Saiba decifrar rótulos, reconhecer selos confiáveis, evitar produtos oxidados ou contaminados, garanta um investimento seguro na sua suplementação
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Siga noNos últimos anos, o ômega-3 se consolidou como um dos suplementos mais populares do mundo, especialmente pelos seus potenciais benefícios para a saúde cardiovascular, cerebral e inflamatória estudado pela ciência.
Mas, em meio à crescente demanda, também surgiram dúvidas, todos os suplementos de ômega-3 são iguais? Como saber se o que você está comprando realmente entrega o que promete? Apesar do marketing envolvente, nem todo ômega-3 tem boa procedência ou pureza.
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A qualidade do ômega-3 importa
Quando mal armazenado ou mal processado, o ômega-3 pode oxidar e se tornar ineficaz ou até prejudicial, gerando desconfortos como gosto rançoso, refluxo ou mesmo estresse oxidativo no organismo. Além disso, alguns suplementos não passam por filtragens adequadas, o que pode deixar resíduos de metais pesados, como mercúrio e chumbo, especialmente nos que são derivados de peixes de grandes profundidades.
Um suplemento de qualidade garante concentrações adequadas dos ácidos graxos EPA e DHA, evita riscos à saúde e, principalmente, entrega resultados reais.
Certificações confiáveis: o que procurar no rótulo
Uma das formas mais seguras de garantir a qualidade do suplemento é verificar se ele tem certificação independente. Selos como o IFOS (International Fish Oil Standards) são reconhecidos internacionalmente e atestam pureza, concentração e frescor. Outras certificações importantes incluem:
- USP (United States Pharmacopeia): assegura a qualidade farmacêutica do produto;
- Friend of the Sea: foca em sustentabilidade e origem segura do peixe.
Essas informações costumam estar no rótulo, no site do fabricante ou podem ser solicitadas diretamente ao SAC da marca.
Como escolher o produto ideal para você
Na prática, escolher um bom ômega-3 envolve observar três pontos principais:
- Forma química: prefira suplementos em forma de trigliceríeos (TG) ou reesterificados (rTG), que são mais facilmente absorvidos. Evite os que usam etil éster (EE), geralmente de menor qualidade;
- Concentração de EPA e DHA: alguns suplementos têm grandes quantidades de óleo, mas baixíssima concentração dos ácidos graxos desejados. Confira no rótulo quantos mg de EPA e DHA existem por cápsula;
- Validade e antioxidantes: veja a data de validade e se o produto possui vitamina E ou outros antioxidantes naturais que evitam a oxidação.
Sinais de que o suplemento está estragado
Um bom ômega-3 é praticamente inodoro e incolor. Se ao abrir a embalagem você sentir um cheiro forte de peixe ou ranço, é um sinal de oxidação. Outros indícios incluem cápsulas grudadas, opacas ou com resíduos internos.
Caso você tenha refluxo, arrotos com gosto de peixe ou mal-estar após ingerir o suplemento, o produto pode estar vencido, oxidado ou mal formulado.
Como armazenar o ômega-3 corretamente
Mesmo os suplementos de boa procedência podem perder qualidade se armazenados incorretamente. O ideal é mantê-los em locais frescos, secos e longe da luz solar. Algumas marcas indicam a refrigeração após aberto, nesse caso, siga as instruções do rótulo.
Evite deixar o frasco no carro, próximo ao fogão ou exposto ao calor excessivo, pois isso acelera a degradação do produto.
Preço é sinônimo de qualidade?
Nem sempre. Alguns suplementos caros devem sua etiqueta ao marketing, não à qualidade. Por outro lado, produtos muito baratos podem indicar baixa concentração ou uso de formas menos eficazes.
Compare o custo-benefício observando o preço por dose de EPA+DHA. Muitas vezes, compensa pagar um pouco mais por um produto certificado, com absorção garantida e livre de contaminações.