DE OLHO NA SAÚDE

Em análise de 41 creatinas feita pela Anvisa, apenas um produto foi aprovado em todos os critérios

Suplemento foi analisado em relação ao seu grau de pureza, se tem materiais estranhos e as informações contidas nos rótulos das embalagens

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) divulgou nessa quarta-feira (23/4) o resultado da análise de 41 suplementos de creatina disponíveis no no país, de 29 empresas fabricantes. Apenas uma das marcas apresentou teor abaixo do regular e também apenas uma foi aprovada em todos os critérios.

A amostra do produto Creatine Monohydrate 100% Pure, da marca Atlhetica Nutrition, fabricado pelo ADS Laboratório Nutricional LTDA, é o exemplar aprovado totalmente.

O resultado mostra uma evolução do setor em relação à avaliação feita em outubro de 2024 pela Abenutri (Associação Brasileira de Empresas de Produtos Nutricionais), que reprovou 18 creatinas de 88 avaliadas. O que faz os produtos serem aprovados ou não é o nível de pureza da substância. A Anvisa permite uma variação de até 20% a menos do que diz o rótulo da embalagem.

Em relação ao teor de creatina, o relatório apontou um resultado de regularidade, sem variações que pudessem caracterizar infração sanitária. Dos 41 produtos, apenas uma marca possuía teor de creatina abaixo do previsto no regulamento.

A Anvisa não divulgou o nome do produto cujo teor não foi aprovado. "A única amostra com erro de teor de creatina está em processo administrativo e de apuração, o que não permite a divulgação da marca neste momento", diz a agência.

Veja aqui a lista completa.

O relatório também buscou a presença de matérias estranhas nos produtos analisados. Todas as marcas foram aprovadas neste quesito.

O último critério analisado, a rotulagem, trouxe a maioria das incorreções. A análise encontrou erros nos rótulos de 40 dos 41 produtos listados. Segundo a Anvisa, os resultados não representam risco de dano à saúde dos consumidores, mas os fabricantes poderão receber ações de notificação.

As definições de rotulagem precisam ser atendidas para garantir a melhor informação ao consumidor. Os erros de informação mais frequentes foram:

  • Apresentação de alegações não previstas, ou seja, o rótulo atribuía ao produto propriedades que não são autorizadas para a creatina, inclusive com alegações incorretas em língua estrangeira.
  • Uso de palavras ou imagens que podem induzir o consumidor a uma informação incorreta ou insuficiente sobre o produto.
  • Tabela de informação nutricional fora do padrão e não declarada no mesmo painel da lista de ingredientes.
  • Frequência de consumo não declarada.
  • Número de porções da embalagem não declaradas na tabela de informação nutricional.
  • Tabela nutricional sem as quantidades de açúcares totais e açúcares adicionados.

As análises foram realizadas pelo laboratório do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

A creatina é um composto formado no corpo a partir de compostos semelhantes aos aminoácidos, os blocos de construção das proteínas. Serve como um tipo de combustível para os músculos esqueléticos e pode promover o crescimento muscular quando combinada com o exercício físico. É produzida no fígado e nos rins, mas também é possível obter creatina por meio da dieta -- carne vermelha, peixe e frango, por exemplo.

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O uso do suplemento de creatina pode trazer resultados positivos para a prática esportiva e para idosos que possuem perda significativa de tecido muscular. O uso da não é para todos e, por isso, a suplementação sem acompanhamento médico ou nutricional é perigosa.

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