Como prevenir AVC: o que você pode fazer antes que seja tarde

Você sabia que o AVC é uma das principais causas de morte e incapacitação no Brasil, segundo o Ministério da Saúde? Mesmo assim, ainda é comum ouvir alguém dizendo “foi de repente” quando, na verdade, o corpo costuma dar sinais. 

Por isso, saber como prevenir AVC pode salvar sua própria vida, como também evitar que sequelas mudem completamente a rotina de quem sofre esse episódio.

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O que é AVC e como ele acontece?

AVC é a sigla para Acidente Vascular Cerebral, uma condição que ocorre quando há interrupção ou redução do fluxo de sangue no cérebro, impedindo que ele receba oxigênio e nutrientes. Isso pode causar a morte de células cerebrais em minutos.

Existem dois tipos principais:

• AVC isquêmico: causado por obstrução de uma artéria cerebral (mais comum);
• AVC hemorrágico: provocado pelo rompimento de um vaso sanguíneo no cérebro.

Em ambos os casos, o dano pode ser permanente se não houver atendimento rápido.

Como prevenir AVC: atitudes que reduzem muito o risco

A boa notícia é que a maioria dos AVCs pode ser evitada com cuidados acessíveis e mudanças no estilo de vida.

• controle da pressão arterial, hipertensão é o maior fator de risco;
• alimentação balanceada, evite excesso de sal, gordura e açúcar;
• prática de atividade física regular ajuda a controlar peso, colesterol e glicose;
• abandono do tabagismo e álcool em excesso;
• acompanhamento médico de rotina, check-up neurológico e cardiovascular, principalmente para quem tem histórico familiar;
• controle da diabetes e do colesterol;
• redução do estresse crônico e boas noites de sono.

Manter esses hábitos não elimina o risco completamente, mas reduz drasticamente as chances de um AVC ao longo da vida.

Sintomas de AVC: sinais que pedem ação imediata

Reconhecer os sinais de um AVC pode ser a diferença entre a recuperação e as sequelas graves. Eles costumam surgir de forma súbita e exigem atendimento médico urgente.

• fraqueza ou formigamento em um lado do corpo (braço, perna ou rosto);
• dificuldade para falar, articular palavras ou entender o que os outros dizem;
• visão embaçada ou dupla;
• dor de cabeça súbita e intensa, sem causa aparente;
• perda de equilíbrio, coordenação ou consciência.

Se perceber qualquer um desses sinais, ligue imediatamente para o SAMU (192). O tempo de atendimento influencia diretamente na recuperação.

Qual a diferença entre AVC e infarto?

Apesar de ambos serem causados por problemas na circulação, AVC e infarto são condições diferentes. O infarto atinge o coração, quando uma artéria do miocárdio é bloqueada. Já o AVC atinge o cérebro, por obstrução ou rompimento de um vaso cerebral.

Ambos possuem sintomas graves e exigem atendimento rápido, mas as sequelas e áreas afetadas são diferentes. Inclusive, quem já teve infarto tem maior risco de desenvolver um AVC e vice-versa.

Quando procurar um médico

Você deve buscar acompanhamento médico se:

• tem histórico familiar de AVC, infarto ou hipertensão;
• já teve sintomas neurológicos breves ou suspeitos (como episódios de fala embaralhada ou dormência passageira);
• sofre de doenças crônicas como hipertensão, diabetes ou colesterol alto;
• está acima do peso e sedentário;
• sente dores de cabeça frequentes, alterações visuais ou confusão mental sem motivo.