Greve de fome: especialista explica os impactos severos à saúde
Endocrinologia e metabologista comenta os riscos do jejum prolongado, ressaltando a importância da supervisão médica para evitar danos irreversíveis
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Siga noEm um protesto no plenário da Câmara dos Deputados, o deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) deu início a uma greve de fome. Tal ação, embora simbólica, levanta preocupações sobre os efeitos adversos ao organismo.
Médica PhD em endocrinologia pela USP e metabologista, Elaine Dias JK explica que o corpo inicialmente usa o glicogênio armazenado no fígado e nos músculos. Isso fornece energia por cerca de dois dias. Após esse período, o organismo entra em um estado de gliconeogênese, começando a transformar gordura em energia através da produção de corpos cetônicos.
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“A greve de fome, especialmente sem supervisão médica, pode ter consequências sérias”, comenta a especialista. Ela lista algumas delas:
- Perda muscular: após esgotar as reservas de glicogênio e gordura, o corpo passa a consumir a massa muscular. Isso inclui músculos essenciais, como o do coração, o que pode comprometer a função cardiovascular
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Elaine destaca que acompanhamento médico é crucial. "Jejuns prolongados devem ser monitorados para evitar danos irreversíveis. Embora seja entendido como uma forma de protesto, é fundamental ressaltar os seus riscos à saúde. O acompanhamento médico é crucial para prevenir complicações graves”, acrescenta.
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