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SAÚDE OCULAR

O que acontece com os seus olhos quando você não pisca corretamente?

Traumas, paralisia cerebral e de Bell estão entre as condições que podem afetar o reflexo palpebral

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No último minuto, é muito provável que você tenha piscado de 15 a 20 vezes. Esse simples movimento, que pode passar despercebido, acumula-se em cerca de 1,2 mil vezes por hora e 28 mil vezes ao longo de um dia. Piscar parece um ato automático e banal, mas tem influência na manutenção da saúde ocular.

Quando esse mecanismo natural é interrompido ou não funciona corretamente, os olhos podem sofrer uma série de consequências. Doenças neurológicas, como a paralisia cerebral e outras condições médicas podem afetar a capacidade de piscar, levando a complicações.

"O piscar também é conhecido como reflexo palpebral. Esse mecanismo é controlado pelo nervo facial e envolve a contração do músculo orbicular dos olhos. Cada vez que piscamos, a lágrima é espalhada uniformemente pela superfície do olho, o que ajuda a manter a córnea lubrificada, remove detritos e fornece nutrientes essenciais", explica a oftalmologista especialista em cirurgia refrativa, ceratocone, glaucoma e catarata, do Hospital Felício Rocho, Daniella Nazih Danif.

Condições que podem afetar o piscar

- Paralisia cerebral: pacientes com paralisia cerebral podem apresentar dificuldades motoras que afetam a musculatura das pálpebras, reduzindo a frequência ou a eficácia do piscar. Isso pode resultar em secura ocular severa, irritação e aumento do risco de infecções

- Doenças neurológicas: outras condições neurológicas, como a paralisia de Bell e a esclerose múltipla, também podem interferir no controle muscular, necessário para piscar corretamente

- Procedimentos cirúrgicos e traumas: cirurgias na região facial e traumas que afetam os nervos ou músculos ao redor dos olhos podem comprometer a capacidade de piscar

Consequências da falta de piscar

Quando o piscar é insuficiente, a superfície ocular sofre. A secura ocular é uma das consequências mais comuns, podendo evoluir para condições mais graves, como ceratite, úlceras na córnea e até perda da visão em casos extremos.

"O piscar não apenas lubrifica a superfície ocular, mas também remove impurezas e distribui nutrientes essenciais para a saúde dos olhos. A falta desse movimento pode desencadear uma série de problemas, desde desconforto e vermelhidão até infecções graves e lesões na córnea”, explica Daniella.

Tratamentos e cuidados

Para pacientes que não conseguem piscar adequadamente, existem várias abordagens de tratamento. O uso de lágrimas artificiais e géis lubrificantes pode ajudar a manter a umidade dos olhos. Em casos mais severos, procedimentos cirúrgicos, como a tarsorrafia (costura parcial das pálpebras), podem ser considerados para proteger a superfície ocular.

"É essencial que esses pacientes recebam um diagnóstico adequado e um plano de tratamento personalizado. Condições que afetam esse mecanismo devem ser tratadas com seriedade, pois as consequências podem ser severas. A conscientização e o tratamento adequado são fundamentais para manter a saúde ocular e a qualidade de vida”, alerta a médica.

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