Além das Havaianas: marcas que sofreram boicote da direita e esquerda
Magazine Luiza, O Boticário, Havan e Riachuelo já foram alvos de cancelamentos por questões políticas no país
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A recente polêmica envolvendo a campanha da Havaianas com a atriz Fernanda Torres acendeu um debate que não é novo no Brasil: o boicote a marcas por razões políticas. A situação, no entanto, está longe de ser um caso isolado e já atingiu gigantes do varejo nacional, mobilizando consumidores tanto da direita quanto da esquerda.
Onda de memes domina Redes após polêmica com propaganda da Havaianas
Empresas como Magazine Luiza, O Boticário e Havan já estiveram no centro de campanhas semelhantes. Esses movimentos mostram como o posicionamento de uma marca ou de seus donos pode influenciar diretamente a decisão de compra em um mercado cada vez mais polarizado.
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Empresas na mira da direita
Vamos continuar Boicotando sem pena nem doh, o magazine. Nosso BOICOTE é INFALÍVEL.
— Socorro Coelho (@coelho_socorro) December 21, 2023
VAMOS PRA HAVAN. NÃO COMPRE NO MAGAZINE LUÍZA.
DÁ SÉRIE; QUEM LACRA NÃO LUCRA.
TODOS QUE SÃO CONTRA O BRASIL, SÃO CONTRA NÓS, O POVO BRASILEIRO DE BEM.
VEJA AÍ A LACRADORA???????????? pic.twitter.com/wASpF5qG7G
O Magazine Luiza se tornou um dos alvos principais de boicote por parte de consumidores de direita em 2020. A empresa lançou um programa de trainee exclusivo para pessoas negras, o que gerou uma onda de críticas nas redes sociais. Grupos conservadores acusaram a varejista de praticar “racismo reverso”.
Apesar da pressão, a companhia manteve o programa, afirmando que a iniciativa era uma ação afirmativa necessária para aumentar a diversidade em seus cargos de liderança. O caso dividiu opiniões e colocou o debate racial no centro das discussões sobre o mundo corporativo.
Outra marca que frequentemente enfrenta a fúria de setores conservadores é O Boticário. A empresa de cosméticos já foi alvo de diversas campanhas de boicote por suas propagandas inclusivas, que celebram a diversidade de gênero e a comunidade LGBTQIA+. Um dos episódios mais conhecidos ocorreu em uma campanha de Dia dos Pais que trazia uma mulher trans.
Quando a esquerda se mobilizou
Empresas cujos donos são MINIONS:
— ????ã???? ????????????ç???????????? ???????????????? - RJ (@sgnewsrj) January 14, 2023
-Madero
-Coco Bambu
-Habib's
-Ragazzo
-Riachuelo
-Centauro
-Havan
-Polishop
-Mundo Verde
-Topper
-Rainha
-Mormaii
-Localiza
-Hapvida
-Prevent Senior
-SmartFit
-BioRitmo
-WiseUp
-DrogaRaia
-Drogasil
Quais outras?#boicote#semAnistiaPraGolpista pic.twitter.com/QYSDNQ46lG
Do outro lado do espectro político, empresas cujos proprietários têm forte ligação com a direita também sofrem com a pressão por boicote. A Havan, de Luciano Hang, é um exemplo claro. O apoio declarado do empresário ao ex-presidente Jair Bolsonaro motiva constantes campanhas de consumidores de esquerda para que as pessoas deixem de comprar em suas lojas.
A Riachuelo é outra varejista que entrou na mira desse público. As posições políticas de seu controlador, Flávio Rocha, e declarações consideradas controversas sobre direitos trabalhistas alimentaram diversas mobilizações online pedindo o boicote à rede.
O restaurante Madero também enfrentou uma forte reação durante a pandemia de Covid-19. O fundador, Junior Durski, minimizou publicamente os impactos da doença e criticou as medidas de isolamento social. A postura gerou uma onda de críticas e pedidos de boicote por parte de clientes que discordaram de suas opiniões.
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Uma ferramenta de IA foi usada para auxiliar na produção desta reportagem, under supervisão editorial humana.