Eleições 2026

Aulão: oposição acusa Zema de ato 'eleitoreiro' e convoca secretário

De acordo com adversários, evento que virou pancadaria expôs a risco alunos da rede púbica estadual. Zema e Simões deixaram o local após confusão

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A oposição acusou o governador Romeu Zema (Novo) de expor alunos das escolas públicas a riscos por motivação eleitoreira. Um aulão organizado pela Secretaria de Estado da Educação, no estádio do Mineirão, em Belo Horizonte, com o objetivo de entrar para o Guinness Book terminou em pancadaria na manhã desta quarta (19/11).

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Presentes no evento, Zema, pré-candidato ao Palácio do Planalto, e o vice-governador Mateus Simões (PSD), pré-candidato ao governo de Minas em 2026, deixaram o evento logo após o início da confusão. 

A deputada estadual Beatriz Cerqueira (PT) anunciou a convocação do secretário de estado da Educação, Rossieli Soares, para prestar esclarecimentos sobre o aulão, classificado por ela como “ação eleitoreira”. “Isso é fazer da educação palanque pré-eleitoral por gente que não entende  nada de educação”, afirma a parlamentar, que também é professora e presidente da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). 

A deputada estadual Lohanna França (PV) disse que “enquanto Zema tenta recorde, a educação segue sucateada”. “Jogaram 30 mil alunos no Mineirão, sem segurança, sem estrutura, e ainda citaram Atlético X Cruzeiro no meio da atividade. Resultado: briga, correria, feridos e caos”, disse a deputada. 

A vice-presidente da ALMG, Leninha (PT), disse que vai “cobrar todos os esclarecimentos sobre esse evento que acabou em brigas, correria e feridos”. Para ela, Zema colocou milhares de estudantes em “puro risco”.

"A que ponto chegamos. Uso da máquina pública para pré-campanha, má gestão e organização e jovens em uma situação completamente desordenada e insegura. Esse foi o grande aulão de IA promovido pela secretaria de Estado de Educação em parceria com a Google. Zema cada dia ainda surpreende com sua incompetência", criticou a deputada Bella Gonçalves (PSOL).

Peça de campanha

O assunto também repercutiu fora da Assembleia.  O ex-presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte Gabriel Azevedo (MDB) também pré-candidato ao governo do Estado, chamou o evento de “peça para a campanha eleitoral que ignora a realidade de Minas Gerais”. 

“Enquanto cerca de 30 mil estudantes eram levados para um estádio para bater recorde e fazer foto com o governador e o vice-governador, milhares seguem em salas apertadas, sem professor fixo, sem laboratório, sem internet que funcione. A política virou espetáculo de IA em telão gigante, quando o básico ainda falta na escola”, criticou Azevedo.

"A mesma inteligência artificial que hoje é usada para produzir vídeos polidos e candidatos de fachada apareceu no Mineirão como cenário de campanha. Não é tecnologia a serviço do aprendizado, é marketing a serviço do poder. Quem governa escolheu o holograma e esqueceu a sala de aula. Enquanto a Justiça Eleitoral corre atrás das deepfakes, Minas Gerais assiste a uma versão ao vivo da mesma farsa: cenários montados, narrativa controlada, pré-candidato higienizado pela tecnologia. A vida real do estudante, que acorda cedo, pega ônibus lotado e encontra escola caindo aos pedaços, não entra no roteiro", afirmou Azevedo. 

Professora, a deputada federal Duda Salabert (PDT) não poupou críticas ao aulão.  Segundo ela, Zema “tenta empurrar a lógica dos coaches e megaeventos para dentro do ensino. “Sou professora há 20 anos e afirmo: educação séria acontece em sala de aula estruturada, com planejamento pedagógico e poucos alunos, não em um estádio de futebol desorganizado”.

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A vereadora de Contagem, Moara Saboia (PT), disse que não havia seguranças suficientes para um evento daquele porte. “Não tinha segurança, não tinha saída organizada, não tinha equipe suficiente, não tinha planejamento, mas propaganda, isso tinha”, afirmou a vereadora que também prestou solidariedade  aos estudantes e professores.

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