Simões x Lohanna: 'prejudicou', diz o vice; 'é falso', rebate a deputada
Vice-governador e deputada estadual trocaram farpas sobre a retirada do prédio do hospital da cidade do Centro-Oeste da lista do Propag
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O debate sobre o futuro do Hospital Regional de Divinópolis voltou ao centro da disputa política no Centro-Oeste mineiro após a declaração do vice-governador Mateus Simões (PSD), que responsabilizou a deputada federal Lohanna (PV) pela retirada do prédio da lista de imóveis do Propag. Segundo ele, a parlamentar trouxe "prejuízo" ao governo mineiro.
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Durante agenda recente, Mateus afirmou que a atuação de Lohanna teria “travado” a solução pensada pelo governo Romeu Zema para o imóvel, parado desde 2010. Segundo ele, ao retirar o hospital do rol de ativos do Propag, o governo precisou reavaliar alternativas de gestão e destino.
Lohanna rebateu a acusação de que sua atuação, cobrando a retirada do hospital do Propag, teria causado prejuízo ao Estado. “Prejuízo é a dívida que cresceu 51% na gestão Zema, somando R$ 64 bilhões a mais para Minas Gerais, enquanto o governo que fala de eficiência gastou R$ 380 milhões em viagens entre 2019 e 2025”.
Sobre a discussão das federalizações, a deputada lembrou que a proposta foi construída pelo bloco de oposição na Assembleia Legislativa, em articulação com o presidente Tadeu Leite e o senador Rodrigo Pacheco. “Somos favoráveis ao debate, mas o governo insiste em querer vender empresas estratégicas como a Copasa, sendo que a possível federalização da CODEMIG já poderia abater parte significativa do valor devido”.
Para a parlamentar, o vice-governador demonstra não compreender o que o Hospital Regional significa para a região Centro-Oeste. “Não estamos falando de um ‘ativo’ de R$ 150 milhões. Estamos falando do acesso à saúde de mais de um milhão de pessoas, de um hospital que está há mais de 10 anos esperando para abrir, com pessoas na fila para cirurgias, esperando meses. É covardia, maldade e descompromisso com o centro oeste atrasar ainda mais a abertura”, reforçou a deputada.
O movimento para retirar o hospital da lista do Propag foi acompanhado por parlamentares estaduais e federais da região, inclusive o prefeito de Divinópolis, Gleidison Azevedo (Novo). Em julho, deputados da base e da oposição pediram formalmente que o imóvel fosse excluído do programa, argumentando que o Estado deveria priorizar a conclusão da obra e a implantação dos serviços. O governo afirmou, à época, que analisaria alternativas.
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Com a oficialização da doação à União, o Ministério da Saúde deverá assumir a finalização do empreendimento, que está 92% concluído e já consumiu mais de R$ 120 milhões em recursos públicos. O hospital é considerado estratégico para o atendimento de média e alta complexidade na macrorregião.
A previsão é de que o termo definitivo de repasse seja finalizado até o início de 2026. Até lá, as obras permanecem sem previsão de retomada.