ENCONTRO NA MALÁSIA

Casa Branca destaca fala de Trump a Lula: ‘Grande honra’

Publicação nas redes oficiais da presidência americana exalta tom amistoso da reunião na Malásia e reforça sinal de reaproximação entre os governos

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A Casa Branca usou suas redes sociais neste domingo (26/10) para divulgar o primeiro registro oficial do encontro entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Donald Trump. A postagem trouxe uma foto dos dois líderes lado a lado, apertando as mãos, e destacou uma frase do americano que resume o tom amistoso da reunião.

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“É uma grande honra estar com o presidente do Brasil. Acho que conseguiremos fechar bons negócios para ambos os países. Sempre tivemos um bom relacionamento — acho que continuará assim”, diz o texto.

A publicação, feita nas contas oficiais da presidência dos Estados Unidos, teve ampla repercussão internacional. Até a véspera do encontro, tanto o governo brasileiro quanto a Casa Branca tratavam a reunião com reserva. Nenhum dos lados havia confirmado oficialmente a conversa, que foi incluída nas agendas de última hora, antes do jantar oferecido pelo primeiro-ministro da Malásia aos líderes participantes da cúpula.

Desde setembro, as equipes dos dois países vinham tentando preparar o terreno para uma reunião presencial, após o breve cumprimento entre Lula e Trump em Nova York, durante a Assembleia Geral da ONU. Na ocasião, o americano havia dito que sentiu uma “química excelente” com o brasileiro e expressado o desejo de uma conversa mais longa.

O encontro entre os dois chefes de Estado ocorreu à margem da 47ª Cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean), na capital malaia, e teve duração aproximada de 45 minutos. Foi a primeira conversa entre Lula e Trump desde a imposição, por parte dos Estados Unidos, de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, medida que provocou a maior crise comercial recente entre os países.

O tom da conversa

O principal tema foi o tarifaço de 50% imposto pelos Estados Unidos em julho sobre produtos brasileiros, sobretudo agrícolas e de carne bovina. De acordo com fontes próximas à comitiva brasileira, Trump indicou disposição em avaliar as tarifas, mas não fez promessas concretas de revisão imediata.

Também foram tratadas as sanções aplicadas por Washington a autoridades brasileiras com base na Lei Magnitsky, que prevê punições a pessoas acusadas de corrupção ou violação de direitos humanos.

Segundo integrantes das duas equipes, o encontro ocorreu sem momentos de tensão. O presidente brasileiro demonstrou tranquilidade durante a conversa e, segundo relatos, procurou destacar os pontos de interesse comercial entre os países.

Lula completa 80 anos nesta segunda-feira (27/10), mesma idade de Trump, e usou a coincidência para quebrar o gelo no início da reunião. A troca de cumprimentos iniciais foi descrita como cordial e descontraída.

O americano mostrou-se receptivo e afirmou que gostaria de “fechar bons negócios” entre os dois países, frase posteriormente destacada pela Casa Branca em suas redes sociais.

A reunião em Kuala Lumpur encerrou a agenda internacional de Lula na região. A comitiva brasileira foi composta pelos ministros Alexandre Silveira (Minas e Energia), Carlos Fávaro (Agricultura), Luciana Santos (Ciência e Tecnologia) e Mauro Vieira (Relações Exteriores), além do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, e do diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues.

Tentativas de reaproximação

O breve encontro entre Lula e Trump durante a Assembleia Geral da ONU, em setembro, deu início a uma retomada de contatos diplomáticos. No início de outubro, os dois presidentes realizaram uma videoconferência de cerca de 30 minutos. Na ocasião, Lula pediu a retirada das tarifas e das restrições impostas aos produtos e autoridades brasileiras, mas não houve resposta direta do americano.

Duas semanas depois, em 16 de outubro, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, reuniu-se em Washington com o secretário de Estado americano, Marco Rubio. O encontro, realizado na Casa Branca, durou cerca de uma hora. Após a conversa, Vieira classificou a reunião como “produtiva” e afirmou que houve “muita disposição para trabalhar em conjunto”.

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O secretário de Estado e o representante de comércio dos EUA, Jamieson Greer, divulgaram nota conjunta informando que “as conversas foram positivas e que os dois países concordaram em colaborar em múltiplas frentes”.

(Com informações de agências)

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