Deputada acusa Simões de defender venda da Copasa pra financiar campanha
Vice-governador afirmou que, caso a privatização da Copasa seja aprovada, a oposição deve aceitar
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A deputada estadual Lohanna França (PV) afirmou nesta quinta-feira (23/10) que vice-governador Mateus Simões (Novo) quer privatizar a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) para atender empresários que depois irão financiar sua campanha ao governo de Minas no ano que vem. A Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) vota a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 24/2023 que retira a obrigatoriedade de consulta popular para venda de empresas estatais.
"A gente prometeu proteger a Constituição. O vice-governador também prometeu e o que ele está demonstrando é que ele quer fatiar a Constituição para atender interesses de gente que depois vai ajudar a pagar as campanhas dele", afirmou.
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Lohanna França também criticou uma fala de Simões de que a oposição deve aceitar a derrota, caso a privatização da Copasa seja aprovada.
"O vice-governador tem uma postura muito ruim. Quando ele diz 'se perder, tem que aceitar', cabe lembrar que o histórico dele depõem contra. Ele que esteve no palanque de gente que, quando perdeu a eleição, colocou um monte de gente para quebrar o Congresso, tentar explodir bomba em aeroporto, tentar se explodir na frente do Supremo Tribunal Federal", criticou a deputada, sem mencionar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), condenado por tentativa de golpe de Estado.
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Simões, que deve concorrer ao governo de Minas Gerais em 2026 pelo PSD, vem articulando para conseguir o apoio de Bolsonaro na disputa eleitoral. Na última vinda do ex-presidente ao estado, o vice-governador acompanhou o parlamentar em praticamente todas as agendas.
Lohanna França alegou que, quando o seu grupo discorda de resultados no Legislativo ou decisões do Executivo, recorrem ao judiciário ou fazem uso de mecanismos de obstrução na ALMG.
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Nos últimos dias, Mateus Simões alegou que a privatização da Copasa é interesse dos mineiros, apesar de buscar retirar o referendo para que a população vote se concorda ou não com a privatização de empresas estaduais.