CÂMARA

Motta recua e admite avaliar projeto de anistia para golpistas

Presidente Hugo Motta deve se encontrar com o líder do PL, Sóstenes Cavalcante, para tratar do perdão aos réus por tentativa de golpe de Estado

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Antes resistente a pautar a anistia aos acusados de golpismo, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou nesta terça-feira (2/9) que está avaliando a questão e que os líderes partidários estão cobrando.

"Os líderes estão cobrando, estamos avaliando, vamos conversar mais. [...] Aumentou o número de líderes pedindo", disse.

Em meio ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que teve início nesta terça no STF (Supremo Tribunal Federal), a costura política pela anistia tomou volume nesta semana, com articulação do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e de dirigentes do centrão a favor do tema.

Após reunião de líderes desta terça, ficou acertado que o projeto de anistia não deve ser votado nesta semana, mas há chances de ir para a pauta após o julgamento, que termina no dia 12.

Motta afirmou ainda que conversou brevemente com Tarcísio por telefone nesta terça, mas que poderia haver um encontro mais tarde.

Segundo líderes partidários, o clima mudou. Se antes Motta não demonstrava inclinação para levar a anistia ao plenário, a nova avaliação é a de que ele passou a preparar o terreno para a votação. Há quem diga que a anistia pode entrar na pauta da próxima reunião de líderes, na semana que vem.

"[Motta] já comunicou aos líderes que está construída a maioria. Lindbergh [Farias, líder do PT] não gostou nada do que ouviu, ficou bem chateado [...]. Mas ele já comunicou que vai ser pautado. Quando não se sabe, não sei se é depois de um julgamento. Mas é o que eu estou sentindo", disse Sóstenes Cavalcante (RJ), líder do PL.

Na quinta-feira (4/9), deve haver nova reunião entre Motta e Sóstenes para tratar do perdão aos golpistas.

Lindbergh atribuiu o avanço da anistia, o que disse considerar um erro, à articulação de Tarcísio, que, segundo ele, "matou no peito" para consolidar sua candidatura presidencial junto ao centrão e ao bolsonarismo.

O petista disse ainda que "a coisa ficou séria" e que houve uma "mudança de tom e de intensidade", indicando que a anistia deve ser analisada em plenário. "Cresceu um movimento com a presença do governador de São Paulo. [...] Me parece um desejo de pautar mesmo", disse.

 

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Lindbergh afirmou, porém, que a anistia é inconstitucional e seria um equívoco que o Congresso a levasse adiante. "Para nós, seria uma aventura, uma irresponsabilidade, estaríamos acentuando a crise institucional no Brasil, porque essa movimentação toda acontece no primeiro dia do julgamento do Bolsonaro. [...] É um desrespeito. No dia em que acontece o julgamento da trama golpista, é como se dissessem: não vai valer nada, nós vamos anular, o Parlamento vai anular."

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