Lula é incoerente no exterior e impopular no Brasil, diz revista britânica
Revista britânica 'The Economist' publicou um artigo com uma série de críticas a política externa do presidente Lula
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Siga noA revista britânica “The Economist” publicou um artigo nesse domingo (29/6) criticando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e sua política externa, observando que, enquanto o petista perde relevância no exterior, está cada vez menos popular no Brasil.
Segundo a matéria, Lula tem adotado uma postura hostil ao Ocidente, se distanciando dos Estados Unidos, ao mesmo tempo em que estreita relações com China e Irã. A revista usa como exemplo o ataque dos EUA a instalações nucleares da República Islâmica, ação que o Ministério das Relações Exteriores condenou com “veemência”.
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Ainda de acordo com "The Economist", os posicionamentos do Brasil sobre a guerra entre Israel e Irã isolou o país de todas as democracias ocidentais e teve uma “linguagem agressiva”. A revista alerta que a proximidade do Brasil com o Irã deve continuar com a cúpula do Brics no Rio de Janeiro.
“O grupo é atualmente presidido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Originalmente, ser um membro ofereceu ao Brasil uma plataforma para exercer influência global. Agora, faz o Brasil parecer cada vez mais hostil ao Ocidente”, escreve a revista.
A revista também afirma que Lula não fez esforço para estreitar laços com Donald Trump desde que o republicano voltou a ser presidente dos Estados Unidos. “Em vez disso, Lula corteja a China. Ele se encontrou com Xi Jinping, o presidente da China, duas vezes no ano passado”, disse, criticando também a proximidade com Putin.
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"Em maio, Lula foi o único líder de uma grande democracia a comparecer às comemorações em Moscou do fim da Segunda Guerra Mundial. Ele aproveitou a viagem para tentar convencer Putin de que o Brasil deveria mediar o fim da guerra na Ucrânia. Nem Putin nem ninguém lhe ouviu”, escreveu "The Economist".
A publicação ainda destacou que o Brasil é um país inclinado para a direita, com muitos eleitores associando o Partido dos Trabalhadores (PT) à corrupção devido à Lava Jato. A matéria lembra as origens do PT com o apoio dos sindicatos e de católicos com “consciência social" para contribuir com os programas sociais.
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"Hoje o Brasil é um país onde o cristianismo evangélico está em expansão, onde o emprego na agricultura e na economia informal está crescendo rapidamente e onde a direita também oferece esmola".