Flávio Bolsonaro sobre indiciamento do pai: 'Mais uma acusação mentirosa'
Senador diz que Carlos Bolsonaro, que também foi indiciado, foi incluído em "perseguição" e relaciona investigação à disputa eleitoral
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Siga noO senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) classificou como “mais uma acusação mentirosa” o indiciamento do irmão Carlos Bolsonaro (PL-RJ) e do pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), no inquérito que apura o uso ilegal da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para monitoramento clandestino.
Em suas redes sociais, nesta terça-feira (17/6), Flávio afirmou que Jair Bolsonaro sequer foi ouvido pela Polícia Federal durante a apuração. “Jair Bolsonaro nunca foi sequer ouvido nesse inquérito chamado de ‘Abin paralela’ e, mesmo assim, foi indiciado”, escreveu.
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O senador também disse que Carlos Bolsonaro foi incluído na investigação “por causa de uma mensagem que sua funcionária enviou a Ramagem, quando ele não estava mais na Abin, e a mensagem sequer foi respondida”. Segundo ele, o conteúdo foi ignorado e não teve qualquer consequência prática.
Mais uma acusação mentirosa, sem pé nem cabeça.
— Flavio Bolsonaro (@FlavioBolsonaro) June 17, 2025
Jair Bolsonaro nunca foi sequer foi ouvido nesse inquérito chamado de “abin paralela” e, mesmo assim, foi indiciado. Carlos Bolsonaro foi incluído nessa perseguição por causa de uma mensagem que sua funcionária enviou a Ramagem,… pic.twitter.com/MUkOBiRGlo
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Assim como Carlos Bolsonaro, Flávio disse que o indiciamento tem relação com a movimentação política do irmão, que deseja concorrer ao Senado nas eleições de 2026.
"Bastou ontem Carlos Bolsonaro ter se manifestado em suas redes sociais sobre a intenção de concorrer ao Senado e, hoje, a Polícia Federal vaza a notícia de seu indiciamento. Deve ser só uma coincidência", ironizou.
O senador também acusou a PF de atuar com motivação política e afirmou que o caso serve para “pautar a mídia” e desviar o foco da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do pai, a qual aliados de Jair Bolsonaro pedem a anulação.
“Trata-se de recorrente e descarada estratégia de pautar a mídia, para tirar rápido do noticiário os graves fatos dos diálogos de Mauro Cid, que deverão ensejar a anulação de sua delação, se ainda existir lei nesse país”, declarou.
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A Polícia Federal concluiu o inquérito da “Abin paralela” nesta semana e apontou que mais de 30 pessoas participaram do suposto esquema de espionagem, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, Carlos Bolsonaro e o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ). O relatório foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ainda está sob sigilo.