USO ILEGAL DA ABIN

'Abin paralela' espionou ministros do STF, Lira e Doria

Mais de 30 pessoas foram indiciadas por participação em estrutura ilegal montada durante o governo Bolsonaro

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A Polícia Federal (PF) concluiu as investigações do inquérito que apura o uso irregular da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo de Jair Bolsonaro. Entre os indiciados estão o ex-presidente, seu filho e vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ), e o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), que comandou a agência entre 2019 e 2022. No total, mais de 30 pessoas foram acusadas no relatório policial.

O esquema de monitoramento, que ficou conhecido como “Abin paralela”, mirou autoridades dos Três Poderes, servidores públicos e jornalistas. As investigações revelam que os alvos foram monitorados clandestinamente por meio de um sistema de geolocalização que acessava, sem autorização judicial, dados de celulares em tempo real.

Entre os integrantes do Poder Judiciário atingidos estão os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, Dias Toffoli, Luiz Fux e o atual presidente da Corte, Luís Roberto Barroso.

No Legislativo, constam o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL); o deputado Kim Kataguiri (União-SP); e os ex-deputados Rodrigo Maia, Joice Hasselmann e Jean Wyllys.

Senadores que atuaram na CPI da Covid também foram vigiados: Alessandro Vieira (MDB-SE), Omar Aziz (PSD-AM), Renan Calheiros (MDB-AL) e Randolfe Rodrigues (PT-AP).

No Executivo, foram monitorados o ex-governador de São Paulo João Doria, então pré-candidato à Presidência, além dos servidores do Ibama Hugo Ferreira Netto Loss e Roberto Cabral Borges. Auditores da Receita Federal também foram alvos: Christiano José Paes Leme Botelho, Cleber Homen da Silva e José Pereira de Barros Neto.

A estrutura de espionagem teria ainda se voltado contra a imprensa, atingindo os jornalistas Mônica Bergamo, Vera Magalhães, Luiza Alves Bandeira e Pedro César Batista.

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De acordo com a PF, a estrutura funcionava à margem da Abin institucional e tinha como objetivo abastecer dossiês, desinformar e monitorar adversários. A ferramenta utilizada permitia rastrear o último local conhecido de um aparelho celular com base em sinais de antenas de telefonia. O material foi enviado ao STF, que vai decidir se os indiciados se tornarão réus.

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