ELEIÇÕES 2026

Zema diz que 'outsider' pode surpreender e chegar ao segundo turno em 2026

Governador mineiro defende a união da direita para a disputa presidencial de 2026, mas acredita que nome alternativo pode ser viável

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Embora ainda evite anunciar de forma explícita uma candidatura à Presidência da República, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), não esconde suas pretensões eleitorais para 2026. Em entrevista recente ao podcast Market Makers, Zema reforçou que pretende estar no centro da disputa presidencial, seja como candidato, seja como articulador do campo da direita. 

Durante a conversa, o governador reforçou a união entre o campo da direita em torno de um único nome. Ao mesmo tempo, alertou para a possibilidade de que um outsider - como ele mesmo se definia ao disputar o Governo de Minas - possa surpreender e alcançar o segundo turno das eleições de 2026.

"Já escutei aí especialistas em eleição falando que deveria se lançar só um candidato, seria o ideal mesmo. A direita toda se unir em prol de um nome, aquilo que for mais viável. E se não tiver um nome único que vá dois, três, todos, o importante é que todos no segundo turno trabalhem unidos", afirmou Zema no podcast, que foi ao ar na quinta-feira (1º/5) e divulgado nas redes sociais do governador neste sábado (3/5).

"Mas aí você pode ter também algum problema. Pode chegar a um outsider e ficar em segundo lugar e esse outsider ir para o segundo turno", sugeriu na sequência.

A menção ao outsider ecoa a própria trajetória de Zema na política. Em 2018, o então empresário, sem experiência política, surpreendeu ao sair do ramo empresarial e conquistar o Palácio Tiradentes. Desde então, tem reforçado a imagem de gestor técnico e avesso aos modelos tradicionais de articulação política. A retomada dessa retórica, agora em um contexto nacional, pode ser lida como uma tentativa de se manter no radar para 2026, mesmo sem ter, até o momento, anunciado oficialmente uma pré-candidatura.

“Quero participar, não sei se como candidato, apoiando o candidato, da eleição presidencial. Eu quero contribuir para um Brasil melhor", reforçou.

União da direita e críticas ao PT

Na entrevista, o governador afirmou que seu “cenário dos sonhos” para 2026 é uma vitória da direita ainda no primeiro turno, algo que dependeria da coesão entre as principais lideranças do campo conservador.

"O cenário do meu sonho é que a direita se una em torno de um nome. Esse nome eu acho que as pesquisas é que teriam de mostrar. E isso vai mudando ao longo do tempo. E que todos trabalhassem em prol desse nome. Isso poderia fazer com que a direita conquistasse a eleição, talvez até em primeiro turno", projetou.

Zema defende abertamente uma aliança entre os governadores de direita, grupo que, segundo ele, mantém interlocução constante, em especial por meio do Consórcio de Integração Sul-Sudeste (Cosud).

“Começamos a nos reunir em 2019. Desde o início estamos eu, o Ratinho e o Eduardo Leite. E depois chegou o Tarcísio. Tivemos aí uma troca de governadores no Rio de Janeiro e em Santa Catarina, mas desde o início somos nós três e temos um alinhamento muito grande. Ainda temos o governador Caiado”, disse.

Para Zema, o maior obstáculo à construção de uma candidatura única são os próprios partidos. “Nós temos um adversário com o que é a esquerda, e é quem está destruindo o Brasil”, afirmou, em referência ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “O governo federal está totalmente perdido na condução da economia, a dívida pública está saindo fora do controle. Isso significa tempos sombrios pela frente”, comentou.

Zema tem ampliado o tom das críticas ao PT nos últimos meses, inclusive resgatando o discurso que o elegeu em 2018, quando prometia "resgatar Minas Gerais do caos administrativo deixado por gestões petistas", como costuma repetir.

“Eu fui (candidato) por inconformismo, por indignação do que fizeram em Minas Gerais. E teve um partido que destruiu, arrasou Minas Gerais. Será que eu preciso falar o nome mais uma vez? [...] É esse mesmo partido que me parece estar querendo destruir o Brasil", criticou.

O governador mineiro também comentou sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está inelegível por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Para Zema, Bolsonaro seria o nome natural para unificar a direita. "Se ele conseguir a absolvição, e eu espero que consiga, ele com toda certeza seria o melhor candidato, aquele que tem mais viabilidade. Vejo que os governadores se uniriam em torno do nome dele", disse.

Caso Bolsonaro permaneça inelegível, Zema avalia que o apoio do ex-presidente a outro nome será determinante. “Esse nome que ele apoiar terá mais chances. A transferência de votos seria bastante expressiva”.

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Apesar do foco na política nacional, o governador não deixou de mencionar sua agenda mineira. Disse que pretende garantir uma transição sólida no Estado, com a eventual sucessão do vice-governador Matheus Simões (Novo). “Eu gostaria muito de ver a continuidade do trabalho que nós estamos fazendo”, afirmou.

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