OURO PRETO

Prefeito de Ouro Preto cutuca Zema e diz que 'mineirismo' declina

Angelo Oswaldo disse que jeito mineiro de fazer política ficou relegado aos livros de história e criticou o acordo de Mariana

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O prefeito de Ouro Preto, Angelo Oswaldo (PV), fez leves críticas ao governador Romeu Zema (Novo) durante a cerimônia de entrega da Medalha da Inconfidência, nesta segunda-feira (21/4). Segundo ele, a tradição mineira de fazer política, que chamou de 'mineirismo' está em declínio.

Oswaldo citou o ex-presidente Tancredo Neves, primeiro civil eleito presidente após a ditadura militar e que nesta segunda também é lembrado pelos 40 anos de morte. O prefeito lembrou que Minas Gerais já esteve a frente de movimentos de luta contra regimes autoritários.

"Tancredo cultivou tudo aquilo que faz do espírito de Minas uma centelha luminosa na inteligência do Brasil", disse.

"Agora parece que a mineirice declina. O mineirismo se esgueira por entre silêncios e sombras. A sagacidade, a agudeza do talento, a arte da política, que tanto elevaram o mineiro perante as expectativas do Brasil, refugiaram-se nos livros de história. A saudade de Tancredo Neves retempera-se na nostalgia da presença de Minas nos instantes cruciais da pátria", emendou.

Oswaldo também comparou Tancredo ao ex-prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman. O chefe da capital dos mineiros morreu em março sem conseguir dar continuidade ao mandato para qual foi reeleito após derrotar o deputado estadual Bruno Engler (PL).

"A Tancredo coube derrotar, no colégio eleitoral, um símbolo caricato do regime que agonizava, é que ainda agora, igualmente em ato final, vimos o saudoso prefeito Fuad Noman ter afastado a Prefeitura de Belo Horizonte de um equívoco político".

Tragédia de Mariana

Deixando a nostalgia de lado, o prefeito de Ouro Preto criticou a repactuação do acordo pela tragédia de Mariana. O negócio foi assinado pelas mineradoras Vale e BHP, acionistas da Samarco, junto ao governo federal e estadual em outubro de 2024.

Contudo, nem todas as prefeituras que tinham direito a indenização decidiram aceitar os termos. Elas afirmam que não foram devidamente ouvidas no processo e, por tanto, não foram contempladas, preferindo aguardar o desfecho de ações na Justiça do exterior. "Os municípios ficaram à margem do acordo, e por isso mesmo continuamos a demandar o que é justo e efetivamente devido a quem detém o estigma da tragédia", disse.

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"Pedimos que da parte do Estado, contemple desde já os municípios impactados com medidas à altura do que cumpre ao governo mineiro de fato realizar em nossas comunidades. Muitas obras públicas anseiam por essa oportunidade singular, e a situação precária de nossas rodovias é a mais eloquente prova da pertinência desta reivindicação" completou

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