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O escritor e poeta brasileiro que devorou a si mesmo

Oswald de Andrade criou o movimento antropófago para 'digerir' a cultura europeia sob o ponto de vista do Brasil, mas se isolou com críticas ácidas aos amigos

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“Do Oswald, só há dois meios de se defender: ou fazer mais blague [piada] e mais intriga do que ele ou então afastar-se. Ambas as coisas são muito difíceis, porque: que sujeito engraçado! que sujeito cínico! que filho da puta gostoso!”. Foi o que disse o poeta Manuel Bandeira (1886-1968) em carta ao também poeta e escritor Mário de Andrade (1893-1945) sobre Oswald de Andrade (1890-1954). Os três são os maiores expoentes literários do modernismo, o movimento que revolucionou a cultura e as artes brasileiras há mais de um século, com a Semana de Arte Moderna, em fevereiro de 1922.

A carta de Manuel Bandeira está incluída na biografia “Oswald de Andrade: Mau selvagem”, do jornalista, escritor e biógrafo Lira Neto. Autor da trilogia “Getúlio Vargas”; de “Padre Cícero: poder, fé e guerra no sertão”; de “Maysa: Só numa multidão de amores”; de “Uma história do samba: as origens” e de “A arte da biografia”, Lira Neto se debruçou sobre a trajetória do poeta, escritor e dramaturgo paulistano Oswald de Andrade.

As mais de 500 páginas da biografia têm origem em impressionante pesquisa com cerca de 400 fontes, entre livros, revistas, jornais, correspondências e outros documentos para contar a vida do demolidor e “antropófago” Oswald de Andrade.


Um homem genial, controverso, maldito e “tóxico” – como disse Lira Neto, em entrevista à jornalista Mariana Peixoto, do Estado de Minas. Não poupava nem os amigos com sua “metralhadora giratória” de críticas ácidas. Ao mesmo tempo reacionário pelo machismo e vanguardista pela arte, Oswald cultuou um radicalismo incondicional na vida pessoal e artística.

 

Foi adúltero contumaz e sedutor de adolescentes, teve incontáveis amantes, sete casamentos, defendeu a liberdade criativa e o rompimento de padrões estéticos e contribuiu para tirar o Brasil do século 19. Levou ao limite até o fim dos seus dias, aos 64 anos, uma “ironia agressiva, por vezes brutal”, lembra Lira, e provocações inconoclastas contra tudo e todos.

"Abaporu” (Comedor de carne humana), de 1928, com cabeça diminuta e pé gigante, é símbolo do movimento antropófago. Foi presente de Tarsila do Amaral a Oswald de Andrade, quando ele completou 38 anos.  Hoje, é a tela brasileira mais cara do mercado de artes, vale US$ 40 milhões
"Abaporu” (Comedor de carne humana), de 1928, com cabeça diminuta e pé gigante, é símbolo do movimento antropófago. Foi presente de Tarsila do Amaral a Oswald de Andrade, quando ele completou 38 anos. Hoje, é a tela brasileira mais cara do mercado de artes, vale US$ 40 milhões Reprodução

Origem em Minas

Logo na epígrafe da biografia, Lira Neto já cita uma declaração do próprio Oswald que dá ótima noção de a personalidade ambígua do escritor: “Infelizmente no Brasil não se consegue estudar alguém sem o colocar num trono ou num patíbulo”. É exatamente essa a percepção que se tem durante a leitura da trajetória do escritor, ora no trono por suas ideias inovadoras e libertárias, ora num patíbulo pelo sofrimento que causou a muita gente, inclusive as mulheres com quem se relacionou.


A primeira mulher importante na vida de Nonê – acrônimo de “nosso nenê” –, o apelido de infância de Oswald, foi sua própria mãe, a paraense Inês Henriqueta Inglês de Souza. Embora mal conhecesse o futuro marido, ela se casou, em 26 de julho de 1888, com José Oswald Nogueira de Andrade, um mineiro filho de fazendeiro em Baependi, na divisa com São Paulo.


Era uma época de grandes turbulências que culminaria com o fim da escravidão. Após a derrocada financeira da família, em decorrência de “desavenças domésticas, disputas por limites de terra e revolta de escravizados”, conta Lira Neto, José Oswald, acostumado ao transporte de tropas, decidiu atravessar a Serra da Mantiqueira para tentar a vida em São Paulo. A maioria dos moradores de São Paulo era de estrangeiros e incorporados à cidade, enquanto os negros libertos não tinham oportunidades no mercado de trabalho.


Com tino para números e negócios, mas pouco dinheiro, José Oswald foi morar em casa de parentes em São Paulo, que tinha apenas 30 mil habitantes e era menos populosa do que Ouro Preto, então a capital de Minas Gerais, na década de 1870. Mas o crescimento era acelerado, a ocupação crescente e o preço dos terrenos também. Atento à grande transformação da cidade, José Oswald, o irmão mais novo e um terceiro sócio fundaram um escritório de corretagem.


Com os negócios em crescimento, José Oswald conheceu um desembargador latifundiário originário do Pará. “O magistrado não só confiou a gerência de seus investimentos aos recém-chegados de Minas como aproveitou para resolver pendenga familiar. Precisava “arranjar marido” para a filha caçula, que saíra de um casamento fracassado. Era Inês Henriqueta Inglês de Souza.

Livros
Livros Reprodução


Menino mimado 

Estava aberto o caminho para o enriquecimento de José Oswald, que foi indicado para gerente financeiro do recém-criado Banco Popular, investiu em imóveis e na política, tornou-se vereador e “coronel”. Em meio à prosperidade da família, nasceu José Oswald de Sousa Andrade, o futuro modernista, em 11 de janeiro de 1890, que recebeu seu nome inspirado em Lorde Oswald Nelvil, personagem do romance “Corinne”, de Madame de Stael.


O pequeno Nonê ou Oswaldinho cresceu entre pais muito católicos que já estavam na meia-idade. Era superprotegido, glutão e já manifestando sexualidade precoce. “Solidão de filho único”, sem outras crianças, conta Lira Neto. Nas escolas por onde passou, o menino teve problemas. “Gorduchinho, cabelos partidos ao meio caindo sobre os olhos esverdeados tornou-se alvo de assédios e galhofas por parte dos colegas mais velhos.”


Mesmo tímido, Oswald, diante de tanto bullying, assumiu o “estereótipo de gordinho espirituoso”, fez do “chiste e do riso o principal antídoto” para escapar da gozação alheira. Já rapazinho, Oswald despertou para a literatura em conversas com um primo e estimulado por um professor e pela mãe. Descobriu o monumental clássico “Os miseráveis”, de Victor Hugo, que ajudou a abrir as portas para literatura e a filosofia. Entrou para a Faculdade de Direito de São Paulo, que logo detestou. Sob o “pistolão” do pai, Oswald chegou ao jornalismo. Aos 18 anos, conseguiu vaga no Diário Popular. Daí ganhou espaço e virou colunista de teatro no jornal.


A iniciação sexual não veio em “zona do baixo meretrício” ou em “prostíbulo de luxo”, como era comum na época, mas assediando empregadas da casa, conta Lira Neto. Ele perdeu a virgindade com uma hóspede da família. Aos 21 anos, fundou o jornal “O Pirralho”, com a ajuda do pai, fazia críticas a políticos e publicava poemas, mas ainda sem indícios do modernismo. Estava afeito ainda ao simbolismo, ao romantismo e ao parnasianismo do século passado.

As adolescentes

Em 1912, aos 22 anos, Oswald ganhou o mundo. Convenceu os pais a financiarem sua viagem à Europa, sem passagem de volta. Começava sua vida de bon-vivant. Foi no trajeto de 11 dias de navio, entre o porto de Santos e Nápoles, na Itália, que conheceu e se encantou por uma menina de 11 anos, loura e de olhos claros, detalha Lira na biografia. Era a pequena bailarina e atriz mirim Carmen Lídia, a quem ele apelidou de Landa e que estava acompanhada de uma mulher, que se disse mãe dela e que depois descobriu-se que não era.

A paixão pela garota, inicialmente retribuída e depois rechaçada, foi o primeiro escândalo amoroso na vida de Oswald. Tentou ser empresário dela, chegou a levá-la para a casa do pai e depois ainda tentou raptá-la, diante da grande crise familiar que causou. Ele revelou em sua autobiografia “Um homem sem profissão”, em declaração reproduzida por Lira Neto: “Os seios róseos e nascentes da dançarina pulam facilmente do corpinho. Suas coxas alvas e redondas estacam numa calça minúscula de elástico (…) Landa, uma manhã, abre o roupão e mostra-se inteiramente nua para meus olhos”.


Na boa vida perdulária em Paris bancada pelo pai, Oswald conheceu outra adolescente, uma francesa alta e de olhos azuis, chamada Henriette Denise Boufflers, filha da cozinheira de uma mansão e que já tinha uma filha de outro relacionamento. Oswald a apelidou de Kamiá, “autoproclamada rainha dos estudantes de Paris”, mas que no dia a dia trabalhava limpando o chão de banheiros.


Mas Kamiá não foi a primeira aventura amorosa de Oswald na Europa. porque ele já colecionava casos fugazes. Decidiu, então, trazer Kamiá para morar no Brasil, a contragosto do pai, logo após a morte da mãe. “Na Europa, o amor nunca foi pecado”, disse Oswald. Em 1913, nasceu José Oswald Antonio de Andrade, filho de Oswald e Kamiá, também apelidado Nonê.


Após o escândalo com Landa e do casamento já fracassado com Kamiá, Oswald conheceu e se apaixonou por mais uma adolescente. “Magra, olhos fundos, pálpebras lânguidas e uma mecha de cabelo caída na testa, cabelo cortado à nuca”. Era Daisy, de 17 anos, inteligente atrevida, dona de raciocínio rápido e evidente senso de humor, “irresistível combinação de predicados para Oswald de Andrade”, cita Lira Neto.
A moça, entretanto, foi contaminada pela terrível gripe espanhola que assolou o mundo em 1918 e morreu aos 19 anos, em decorrência de um aborto inadequado, deixando Oswald viúvo. Então com 30 anos, Oswald esbanjava a fortuna imobiliária construída pelo pai, levava vida grã-fina e começava a colecionar obras de arte.


Verso livre


Foi na convivência com jovens intelectuais, boêmios e libertinos que Oswald encontrou o modernismo do verso livre. “Não sou um escritor, sou um poeta que canta” ele ouviu de Paul Fort, consagrado nas revistas literárias como “o príncipe dos poetas franceses”. Oswald escreveu: “Só assim vim a saber que se tratava de desterrar do verso a métrica e a rima, obsoletos recursos do passado. Eu nunca conseguira versejar. A métrica fora sempre para mim uma couraça entorpecente.”


Por essa época, de admirador de ícones da literatura como o escritor maranhense Coelho Neto (1864-1934) e o poeta carioca Olavo Bilac (1865-1918), Oswald passou a criticá-los, embora a revista O Pirralho ainda os elogiasse. “Os valores estáveis da mais atrasada literatura do mundo impediam qualquer renovação. Bilac e Coelho Neto, Coelho Neto e Bilac”, atacou. “Coelho Neto, o bestalhão máximo da nossa literatura”, disparou Oswald. Aos 25 anos, Oswald ainda oscilava entre os “passadistas” do século 19 e a vanguarda modernista.


Num pequeno apartamento alugado, Oswald recebia parceiros para conversas literárias, entre eles Monteiro Lobato, então com 33 anos, e Menotti del Picchia, que já tinha publicado o extenso poema, hoje clássico, “Juca Mulato”. Assim, Menotti definiu Oswald: “Oswald era um extrovertido, despachado. Gordo aloirado, olhos nos quais eu sempre via uma névoa de sonho. Tinha a faculdade quase mágica de fascinar qualquer pessoa logo no primeiro encontro.”


“Arte não é fotografia”

No fim da segunda década do século 20, sopravam os ventos do modernismo sobre os “passadistas” do século 19, atrelados ainda ao realismo e ao naturalismo, como Monteiro Lobato, resistente às mudanças. Em crítica irônica a Lobato, Oswald criou o termo “futurismo”, que acabou pegando e passou a ser usado também como ataque aos modernistas.


“Arte não é fotografia, arte é expressão, símbolo comovido”, afirmou Oswald, que não mais acreditava na arte “como reprodução mimética da realidade”, explica Lira Neto. Isso após a exposição de Anita Malfatti, outro expoente em ascensão do modernismo, cujas obras fora massacradas por Lobato.


Era 21 de novembro de 1917. “O rapaz alto e tímido, com 1,87 metro de altura, magro, pardo, óculos redondos de aro fino, boca grande, rosto comprido, queixo proeminente e uma calvície precoce que lhe alonga a testa, subiu ao palco empunhando, nas mãos enormes, uma corbeille de flores”, escreveu Oswald. Era Mário de Andrade, aos 24 anos, que como formando do curso de piano e professor-assistente do Conservatório Dramático e Musical que subia ao palco para discursar em homenagem ao secretário de Justiça e Segurança de São Paulo, Elói Chaves.


O mundo sofria com a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), que tinha modesta participação do Brasil, mas era referência ufanista. Mário discursou: “Pátria é um amor dentro do coração. Pátria é a onda esbatendo-se contra os rochedos da Guanabara; é a carnaúba flamulando nas restingas adustas do Ceará. Pátria é Guararapes no Norte, Curupaiti no Sul”.


Oswaldo estava na plateia e se impressionou com a verve de Mário. “Tanto que teria feito questão de lhe arrebatar os originais das mãos, com a intenção de publicá-los na íntegra e com exclusividade”, lembra Lira Neto.


Assim, se entrelaçaram os destinos dos dois maiores representantes do movimento literário modernista, ainda pré-embrionário. Mário estrearia na literatura naquele mesmo ano com “Há uma gota de sangue em cada poema”. Depois ficaria célebre com três obras clássicas, “Pauliceia Desvairada” (1922), “Amar, verbo intransitivo” (1927) e “Macunaíma (1928).


Uma vez por semana, Mário recebia escritores, artistas e intelectuais em sua casa para falar sobre literatura. Lira Neto cita a espantosa biblioteca do escritor, que usava o salário para comprar muitos livros e ficava sem dinheiro até pagar pegar o bonde, por isso, tinha que caminhar.


Oswald e Mário se tornaram amigos de admiração mútua. Uma amizade de décadas que acabou comprometida pelas críticas ferinas de Oswald, que mesmo reverenciando Mário, passou a criticá-lo, inclusive com piadas sobre sua “feiura” e sua sexualidade, até o rompimento total. Certa vez, em um acesso de fúria e ciúme sobre críticas ao seu livro “Os condenados”, Oswald afirmou: “Vocês todos estão ficando escravos de Mário”.

A semana


No começo da década de 1920, Oswald e Mário conheceram Manuel Bandeira, outro grande futuro nome do modernismo, “um recifense miúdo, dentuço e míope”, que lutava contra a tuberculose”. Juntos, o grupo de modernistas, sem dinheiro para bancar suas ideias, convenceu o diplomata Graça Aranha e o empresário Paulo Prado a bancar a Semana de Arte Moderna, que foi realizada em 13, 15 e 17 de fevereiro no Theatro Municipal, em São Paulo, sob estupefação e vaias de um público que não conseguia assimilar tantas novidades estéticas.


Décadas depois, o próprio Oswald admitiria que ele mesmo estimulou as vaias para dar notoriedade ao evento, que enterrava o naturalismo, o realismo, o parnasianismo e a fotografia na pintura. Na pintura, por exemplo, o modernismo causou espanto com a representação desproporcional do corpo humano, como o “Abaporu”, de Tarsila do Amaral, com cabeça minúscula e pé gigante, reforçando a convicção de Oswald que a arte não era fotografia. “O quadro a óleo, estranho e colorido, foi presente de Tarsila para o aniversário de 38 anos de Oswald”, conta Lira Neto.


Mário de Andrade morreu de infarto fulminante em 1945, sem perdoar Oswald, que já havia lançado “Os condenados” – sobre as agruras dos primeiros modernistas – e “Memórias sentimentais de João Miramar”, a história de um homem rico que viaja mundo afora em busca de conhecimento e amores.


João Miramar é uma “reconstituição das reminiscências do próprio Oswald transfigurada pela ficção”, uma obra experimentalista que mostra a transição do escritor de uma linguagem realista para modernista. Era o modernismo latente. “O fluxo das frases e a linearidade sintática seriam diluídos, reduzidos, fraturados, estilhaçados, por meio de neologismos verbais, cortes bruscos e livres associações”, afirma Lira Neto na biografia.


Provocações

Oswald também causou polêmicas com ataques ácidos a outros amigos, além de Mário, como Di Cavalcanti – que até deixou de pintar por um tempo – e Heitor Villa-Lobos. Admirador da atuação e do trabalho de Oswald, o poeta Carlos Drummond de Andrade foi outro que o comportamento demolidor do escritor paulistano incomodou. “Para mim, toda a literatura não vale uma boa amizade”, disse ele a Oswald.


Ciente da animosidade que despertava, Oswald escreveu, quando se candidatou a uma cadeira da Academia Brasileira de Letras: “Não espero ser eleito. Ainda não há paraquedas blindado. Meu destino é o de paraquedista que se lança sobre uma formação inimiga: ser estraçalhado”.


Sob controvérsias, ele seguia adiante com a revolução modernista, com os movimentos Pau Brasil – com colagem de palavras, aforismos, sons, cores e sabores nacionais. E também com o Movimento Antropófago, com crítica ao “bom selvagem” de Jean-Jacques Rousseau e dos indigenistas brasileiros José de Alencar e Gonçalves Dias.


Para Oswald, canibal e antropófago não eram sinônimos. Canibal é simples comedor de carne humana, antropófago come em cerimônia as virtudes do inimigo derrotado. Oswald, assim, propunha a deglutição de culturas estrangeiras, como a europeia, para incorporar o que tinham de melhor. Nas palavras de Oswald: “O que é a antropofagia? O ato de devorar o inimigo vencido para que suas virtudes se transmitam a nós. Uma comunhão”. Ironicamente, Oswald acabou devorando a si mesmo, ficou isolado, vítima de suas próprias críticas.

'OSWALD DE ANDRADE:MAU SELVAGEM'
"OSWALD DE ANDRADE:MAU SELVAGEM" Reprodução

“OSWALD DE ANDRADE:MAU SELVAGEM”
• De Lira Neto
• Companhia das Letras
• 520 páginas
• R$ 129,90

FRASES

“O ‘tarado’ é filho da falta de divórcio. Na Europa, o amor nunca é pecado. Não era preciso matar para possuir uma mulher.”

“O que é a antropofagia? O ato de devorar o inimigo vencido para que suas virtudes se transmitam a nós. Uma comunhão.”


Oswald de Andrade

“Vocês todos estão ficando escravos de Mário de Andrade. Não me sujeito.”

Oswald de Andrade

“O seu sarcasmo [de Oswald] desmanchava de um lado o que o seu enorme encanto pessoal tinha construído de outro.”

Antonio Candido
Crítico literário

“As memórias [livro “Um homem sem profissão] esclarecem a aventura lírica de Oswald de Andrade, gordo Quixote procurando conformar a realidade ao sonho. Daí a rebeldia dos que não aceitam a ordenação média dos atos pela sociedade, que criou em torno dele, como represália, a aura do maluco atirado contra tudo, contra todos. Visto de dentro porém, como o vemos neste livro, é antes o menino inconsolável em face do mundo, onde não cresceu segundo a dimensão do imaginário. De um imaginário que fosse o modelo real das coisas”.


Antonio Candido
Crítico literário

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