Reviravolta no caso Rodoanel: motorista simulou sequestro e bomba
Homem confessou ter armado a farsa que parou a rodovia; ele mesmo construiu o artefato explosivo falso e se amarrou dentro da cabine
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O motorista do caminhão que paralisou o Rodoanel Mário Covas, na Grande São Paulo, confessou à polícia que simulou o próprio sequestro e a existência de uma bomba no veículo. O caso mobilizou equipes de segurança e fechou a rodovia na altura de Itapecerica da Serra na última semana.
Rodoanel SP: PM afirma que explosivo amarrado em motorista é falso
Dener Laurito dos Santos, de 52 anos, admitiu em interrogatório nesta semana ter forjado toda a situação. As inconsistências entre o seu relato inicial e as evidências apuradas pela polícia levaram à confissão. Ele revelou ter construído o artefato explosivo falso e se amarrado sozinho dentro da cabine.
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Farsa
A investigação revelou que o plano foi meticulosamente arquitetado pelo próprio motorista. Imagens de câmeras de segurança, obtidas pelos agentes, mostram o momento em que ele estaciona a carreta na via e arremessa uma pedra contra o próprio veículo. Essa ação seria o suposto início do "ataque" que ele relatou.
Na versão original, Dener havia contatado o Centro de Controle Operacional da rodovia, afirmando ser vítima de um sequestro e que havia explosivos em sua carreta. Quando as equipes de resgate chegaram, o encontraram em estado alterado, falando frases desconexas e reforçando a narrativa do crime.
Com a confissão, a Polícia Civil do estado de São Paulo informou que Dener Laurito dos Santos foi indiciado por falsa comunicação de crime, crime previsto no artigo 340 do Código Penal. O homem responderá ao processo em liberdade.
As investigações prosseguem sob a responsabilidade da Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (DISE) de Taboão da Serra. O objetivo é esclarecer completamente os fatos e a motivação por trás da farsa, além de confirmar a responsabilidade criminal do indiciado.
Uma ferramenta de IA foi usada para auxiliar na produção desta reportagem, sob supervisão editorial humana.