Refrigerante pode ter causado intoxicação em UPA; laudo descarta drogas
Doze funcionários da unidade de saúde na cidade de Santa Cecília (SC) passaram mal após consumir a bebida em um café da tarde
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Doze funcionários de uma unidade de pronto-atendimento (UPA) em Santa Cecília (SC) passaram mal com intoxicação após consumir um refrigerante durante o café da tarde no dia 21 de outubro. Um laudo preliminar do Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Santa Catarina (CIATox), divulgado nesta terça-feira (28/10), não detectou nenhuma substância suspeita na bebida consumida.
Para aprofundar a investigação, a Polícia Científica enviou amostras de sangue e urina dos servidores para exames em laboratórios de São Paulo. Até o momento, a Polícia Civil não informou quais substâncias já foram descartadas.
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Todos os afetados foram internados depois que apresentaram sonolência intensa, tontura, lapsos de memória e sensação de peso na cabeça. As últimas vítimas receberam alta no sábado, segundo a Secretaria Municipal de Saúde, e permanecem em acompanhamento médico.
Intoxicação
Segundo a investigação, todos os sintomas surgiram quase simultaneamente após a ingestão do refrigerante, que estava em uma garrafa de dois litros. A bebida foi levada à UPA por uma mulher, tia de um funcionário da unidade. Ambos foram presos suspeitos de envolvimento no caso. O homem, que trabalhava no local, havia sido afastado no início de outubro após denúncia de assédio sexual por colegas.
As câmeras de segurança da unidade registraram a chegada da mulher com o refrigerante e estão sendo analisadas pela Polícia Civil. Durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão, foi encontrada uma arma na casa da mulher. Ela foi presa por posse ilegal e o sobrinho pelas denúncias de assédio. Os nomes dos presos não foram divulgados.
Em nota, a Secretaria de Saúde informou que vários funcionários não lembram com clareza do que aconteceu. Alguns relataram lapsos de memória temporários, sensação de peso na cabeça e sonolência extrema. Uma das vítimas descreveu: “Onde eu me encosto, eu durmo”.
Entre os afetados estão médicos, enfermeiros, técnicos, farmacêuticos e pessoal administrativo. Um técnico de enfermagem, que também é vereador na cidade, chegou a ser transferido para outro município devido ao quadro clínico.
Investigação em andamento
O caso segue sob investigação da Polícia Civil e da Polícia Científica de Santa Catarina. Novas amostras coletadas de sangue e urina estão sendo analisadas para tentar identificar a substância que provocou os sintomas.
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A Secretaria Municipal de Saúde reforçou que todas as vítimas receberam alta e que o acompanhamento médico continuará, garantindo que os servidores retornem ao trabalho de forma segura.