A ação, segundo a pasta, acontece de forma simultânea nas regiões Nordeste, Centro-Oeste, Sul e Sudeste, com atuação conjunta do governo federal, de estados e municípios. No Norte, a campanha terá início no segundo semestre, quando acontece o inverno amazônico, considerando particularidades climáticas da região.
A meta é vacinar 90% do público-alvo, composto por mais de 81,6 milhões de pessoas, incluindo crianças, idosos e gestantes.
"A iniciativa marca a retomada do Dia D Nacional pela vacinação no país", destacou o ministério em nota. Foram distribuídas, ao todo, mais de 51,3 milhões de doses. A estratégia do Dia D foi pactuada entre governo federal e secretarias estaduais e municipais como forma de intensificar a vacinação e alcançar a meta.
Quem pode se vacinar
A imunização contra a gripe é gratuita e é recomendada pelo ministério para mais de 20 grupos prioritários, com foco especial em:
crianças de 6 meses a menores de 6 anos;
gestantes e puérperas;
idosos com 60 anos ou mais;
trabalhadores da saúde;
professores das escolas públicas e privadas;
trabalhadores dos Correios;
trabalhadores portuários;
povos indígenas e quilombolas;
pessoas com comorbidades ou outras condições especiais e com deficiência permanente;
caminhoneiros e trabalhadores do transporte coletivo;
profissionais das Forças Armadas e de segurança e salvamento;
pessoas em situação de rua
população privada de liberdade e adolescentes e jovens em medida socioeducativa;
As sucessivas descobertas de vacinas contra doenças que podem ser fatais protegeram a humanidade contra os riscos. Mas é necessário que, de fato, as pessoas se protejam, buscando a imunização. Veja as principais vacinas que estão acessíveis no Brasil. Imagem Freepik
No final de 2023, o Brasil se tornou o primeiro país do mundo a introduzir a vacina para dengue em seu calendário vacinal. No SUS, a vacina é disponibilizada apenas para crianças de 10 a 14 anos, faixa etária com maior risco de hospitalização Agência Brasil Fotografias/Wikimedia Commons
Covid: A pandemia pode ter matado mais de 15 milhões de pessoas no planeta, segundo estimativa da Organização Mundial de Saúde OMS) - o dobro dos dados oficiais. A humanidade acompanhou a expectativa pela criação de uma vacina que pudesse proteger contra a doença. Tânia Rêgo/Agência Brasil
Os cientistas conseguiram produzir o imunizante. Em maio de 2023, a OMS decretou o fim da emergência mundial que havia sido iniciada em 2020 com o surgimento do coronavírus. Foi mais uma vacina que se junta à lista dos imunizantes que salvam vidas, Reprodução dos sites .camara.leg.br
agenciabrasilia.df.gov.br
A primeira vacina da história data do final do Século 18. Era a da varíola, doença que matou mais de 300 milhões de pessoas no Século 20. A doença é considerada extinta desde 1979, graças à imunização mundial. Divulgação/OMS
Em 1904, o Brasil fez uma lei que obrigava a vacinação contra a doença. Um grupo, porém, não aceitou e se rebelou, no movimento conhecido como "a revolta da vacina". Resistências infundadas contra vacinas sempre aconteceram, mas foram debeladas diante da necessidade de proteção. Divulgação
Poliomielite: Também conhecida paralisia infantil, é uma doença sem cura, que afeta as musculaturas e pode levar à morte. A maioria dos casos das infecções é assintomática. Divulgação/Secom
No Brasil, graças à vacinação em massa, é considerada erradicada. Aqui, um dos símbolos da imunização é o personagem Zé Gotinha. A vacina foi descoberta nos anos 1950. Divulgação/Agencia Brasília
Febre Amarela: É uma doença causada pela picada do mosquito Aedes aegypti (o mesmo da dengue, zika e chikungunya), nas áreas urbanas. Já nas zonas rurais, onde ela é mais frequente, geralmente se transmite pelos mosquitos Haemagogus e Sabethes. Rovena Rosa/Agência Brasil
No Brasil, as vacinas começaram a ser aplicadas no final dos anos 30. A doença está controlada, mas não erradicada. Ou seja, tem que se vacinar para não correr o risco de se infectar. Divulgação/Prefeitura de Campo Grande
DTP - Protege contra difteria, tétano e coqueluche. As três doenças têm origem bacteriana. Elas começaram a ser aplicadas nos anos 80, o que resultou numa queda de 90% dos casos. Divulgação/Prefeitura de Tijucas
Meningite: É uma doença que ainda mata muito. A forma da doença causada por bactérias é a mais perigosa. Também pode ser trnsmitida por vírus (o mais comum) e fungos. Reprodução/TV Anhanguera
O SUS oferece vacinas para imunizar contra todas as formas da doença. A principal delas protege contra a meningite do Tipo C, a mais comum. Divulgação/SMS Brasília
Tríplice Viral: Outra vacina importante é a tríplice viral. Administrada aos 15 meses de idade, com uma só dose, ela está no Brasil desde os anos 90 e protege contra sarampo, caxumba e rubéola, que podem matar em casos raros. Divulgação/Bio-Manguinhos
BCG: É uma vacina desenvolvida nos anos 1920, que protege contra algumas formas de tuberculose, uma doença que ainda mata no mundo. A doença está presente desde a antiguidade. Divulgação/Prefeitura Jundiaí
Esta vacina deixa uma cicatriz característica e eterna: uma bolinha no braço direito. Ela também protege contra a hanseníase, popularmente conhecida como lepra. Marcelo Camargo/Agência Brasil
Gripe: A doença é causada pelo vírus Influenza. Apesar de parecer ser simples, é uma doença que pode levar ao óbito, principalmente dos mais idosos. Ela é oferecida pelo SUS e tem que tomar todo ano. Divulgação/Prefeitura de Marília
Rotavírus: É um vírus que causa diarreias graves em crianças, podendo até levá-las à morte. A vacina pode ser aplicada a partir de seis semanas de vida, em 2 ou 3 doses. André Brant/Agência Minas
Malária: O vírus ataca em áreas de mata, principalmente na região da Amazônia. E existem imunizantes recomendados pela OMS para evitar a doença. Reprodução dos sites saudemais.tv
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A vacinação em massa começou três anos depois de uma epidemia que, em 2003, causou a internação de quase cem mil crianças no Brasil. Desde então, a doença está sob controle, mas não erradicada. Geovana Albuquerque/Agência Saúde DF
Dados do último boletim Infogripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) mostram que foram notificados 45.228 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) este ano no Brasil, sendo 42,9% com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório.
Do total, 38,4% foram causados pelo vírus sincicial respiratório (VSR); 27,9%, por rinovírus; 20,7%, por covid-19; 11,2%, por influenza A; e 1,6%, por influenza B.
O aumento, de acordo com o ministério, tem sido mais expressivo entre crianças de até 2 anos. Já entre adultos e idosos, observa-se crescimento nas hospitalizações por influenza A.