Mais de mil pesssoas morreram em Gaza desde julho de 2024 enquanto aguardavam transferência médica
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Mais de mil pacientes morreram nos últimos 18 meses enquanto aguardavam uma transferência por motivos médicos da Faixa de Gaza, afirmou nesta sexta-feira (19) a Organização Mundial da Saúde (OMS).
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, escreveu na rede social X que "1.092 pacientes morreram entre julho de 2024 e 28 de novembro de 2025 enquanto aguardavam uma evacuação médica".
Ele destacou que "o número é provavelmente conservador".
Desde outubro de 2023, quando começou o conflito com o ataque surpresa do movimento islamista palestino Hamas em território israelense, "a OMS e seus parceiros retiraram de Gaza mais de 10.600 pacientes com graves problemas de saúde, incluindo mais de 5.600 crianças que precisavam de cuidados intensivos", afirmou o chefe da agência das Nações Unidas.
Tedros fez um apelo para que "mais países recebam pacientes procedentes de Gaza" e pediu a "retomada das transferências médicas para a Cisjordânia, incluindo Jerusalém Leste", o setor de maioria palestina da cidade. "Há vidas que dependem disso", concluiu.
Após mais de dois anos de guerra entre Israel e o Hamas, uma trégua está em vigor desde 10 de outubro, instaurada sob pressão dos Estados Unidos.
Mas as transferências médicas acontecem a conta-gotas. Há algumas semanas, a OMS indicou que mais de 16.500 habitantes de Gaza continuavam aguardando uma saída urgente.
Uma fonte da organização de Médicos Sem Fronteiras declarou à AFP no início de dezembro que o número considerava apenas os pacientes oficialmente inscritos e destacou que a quantidade de pacientes à espera de transferência é muito maior.
Mais de 30 países receberam pacientes de Gaza, mas apenas alguns, como Egito e Emirados Árabes Unidos, aceitaram um grande número, segundo a MSF.
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