AÇÃO PENAL

Servidora que desviou armas e dinheiro se torna ré

Justiça acolhe denúncia do MP contra a analista da Polícia Civil. Investigação aponta que mulher mantinha padrão de vida incompatível com a sua renda

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A servidora Vanessa de Lima Figueiredo, de 44 anos, acusada de desviar cerca de 200 armas de fogo, documentos e dinheiro da 1ª Delegacia da Polícia Civil do Barreiro, teve a denúncia feita pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) acolhida pelo juiz Alexandre Magno de Resende Oliveira, da 2ª Vara Criminal da Comarca de Belo Horizonte. A decisão foi anunciada nessa quarta-feira (17/12).

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A servidora se tornou ré no processo. A defesa da servidora, que era analista da Polícia Civil, está sendo comunicada e deve apresentar resposta sobre a acusação no prazo de 10 dias.

A ação penal foi oficialmente instaurada. No entendimento do juiz, todos os requisitos legais para o prosseguimento do processo estão corretos e existem indícios suficientes de autoria e materialidade, além da regularidade formal da acusação.

A denúncia aponta que a servidora era responsável pelo setor de protocolo e tinha acesso direto à sala de acautelamento de materiais, onde ficam armazenadas armas, valores apreendidos e objetos recolhidos em diligências na 1ª DP do Barreiro.

Os autos apontam que somente Vanessa e uma escrivã tinham acesso à sala que funcionava como depósito das armas e documentos.

Relembre o caso

A descoberta do desvio das armas veio à tona a partir da apreensão de uma arma, que deveria estar apreendida na delegacia, em Contagem, na Grande BH. Um inventário a partir dessa apreensão foi instaurado e descobriu-se que não só esta arma estava desaparecida, mas também outras 199. Além disso, o dinheiro que deveria estar guardado na mesma sala havia desaparecido.

Envelopes com dinheiro apreendido estavam violados e vazios dentro de um armário, ao qual nenhum outro policial da delegacia tinha acesso ou conhecimento.

Anexo ao processo, estão imagens que mostram a servidora entrando e saindo da delegacia, em vários dias, sempre carregando sacolas e bolsas bastante volumosas.

O Ministério Público aponta que os registros desse entra e sai coincidem com a movimentação de veículos em frente à unidade policial. Numa das imagens, ela faz a transposição do porta-malas de um carro para outro. Essas imagens mostram também que ela teve ajuda de um homem.

Testemunhas arroladas dão conta que a servidora assumiu sozinha o protocolo e o controle da sala de materiais desde 2019. Ela tornou-se, assim, a única responsável pela guarda e recebimento dos objetos no sistema eletrônico.

Luxo

Uma investigação sobre a vida pessoal da servidora aponta que ela teve uma elevação repentina de seu padrão. Fazia viagens internacionais, compras de alto valor, cirurgias estéticas e passou a mobiliar seu apartamento em curto período – tudo isso incompatível com a sua renda.

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A servidora foi indiciada por crime de peculato em continuidade delitiva. O juiz determinou, ainda, que a Polícia Civil encaminhe, no prazo de cinco dias, laudos técnicos requisitados ao longo da investigação. Após a apresentação da defesa, o Ministério Público deve se manifestar sobre um pedido apresentado pela defesa.

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