INVESTIGAÇÃO

PC busca imagens do crime que resultou na morte de advogado em MG

Marcelo Mendonça foi morto por um cliente em Viçosa, na Zona da Mata, na última sexta-feira (14/11)

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A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) busca imagens do crime que resultou na morte do advogado Marcelo Mendonça, de 43 anos. O homem foi morto com um golpe de faca no coração desferido por um cliente durante uma reunião em um escritório de advocacia no centro de Viçosa, na Zona da Mata, em Minas Gerais. O caso aconteceu na última sexta-feira (14/11).

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Ao Estado de Minas, Ercio Quaresma, presidente da comissão criada pela Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Minas Gerais (OAB/MG) para acompanhar os desdobramentos das investigações, afirmou que está em contato com o delegado responsável pelo caso, Moisés Albuquerque. 

"Estão buscando imagens tanto do local do fato, quanto do percurso do indivíduo até chegar no escritório do Dr. Marcelo. Esse inquérito será concluído no prazo de 10 dias, que é o que a lei preconiza, estando o indiciado preso", afirmou ele.

Procurada pela reportagem, a PC informou que o autor, identificado como Evandro Orecio da Cunha, de 53 anos, foi encaminhado para o sistema prisional, e segue a disposição da Justiça.

Ainda, segundo o delegado responsável, "diligências foram realizadas nesta manhã, exames periciais foram solicitados e oitivas serão realizadas." O caso segue em apuração pela 5ªDRPC de Viçosa.

Como foi o crime

A Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) foi acionada para atender a uma ocorrência de agressão com arma branca. Ao chegarem ao local, os militares encontraram o advogado caído no chão e o suspeito já contido por testemunhas. A porta de vidro do estabelecimento estava quebrada.

Conforme relatos de funcionários que presenciaram o crime, Evandro e a esposa tinha uma reunião marcada para às 16h com Marcelo. Em determinado momento, o homem passou a se exaltar, acusando o advogado de “jogar para os dois lados”. 

Diante da tensão, a reunião foi encerrada, e ambos seguiram para a recepção, onde o suspeito desferiu um golpe de faca no peito da vítima. A esposa do agressor retirou a faca da mão do homem enquanto outra testemunha o imobilizou.

Marcelo foi socorrido pelo Samu ao Hospital São Sebastião e, em seguida, transferido ao Complexo Hospitalar de Viçosa, onde foi diretamente para o bloco cirúrgico. A equipe médica constatou que o ventrículo cardíaco havia sido atingido, causando dano irreversível. Apesar das manobras realizadas, o paciente morreu poucos minutos depois da chegada.

A perícia esteve no local do crime e recolheu a faca usada na agressão. O suspeito permaneceu em silêncio durante a abordagem e recebeu voz de prisão em flagrante por homicídio consumado. 

Defesa

O advogado Dário José Soares Júnior, que agora defende Cunha, afirmou ao EM, que não irá se manifestar sobre o caso, por enquanto. Ele afirmou que a vítima foi contratada pelo suspeito para uma demanda junto à prefeitura e houve um desacerto sobre a prestação do serviço.

A defesa informou que os envolvidos se reuniram para discutir o assunto e chegou um momento em que "os ânimos se exaltaram". O advogado disse ainda que houve luta corporal e que o agressor deu um golpe de punhal na região torácica de Marcelo. 

Talento artístico

Além da advocacia, Marcelo Mendonça era cantor e figura presente no Mina Jazz Bar, na Região Central de Belo Horizonte. Ele tocava há dois anos na casa, pelo menos uma vez por mês. A casa de shows divulgou nota de pesar destacando a atuação do artista e lamentando a morte.

"Ontem, nosso bar aplaudiu pela última vez esse cara que vai deixar muitas saudades. Foi mais uma vez que ele cantou e encantou fazendo a noite ser muito especial. Ainda não estamos acreditando no que aconteceu. Esperávamos muitas outras participações por aqui. A vida é mesmo muito breve. Um brinde especial de despedida com dor por essa partida sem sentido. Fica o registro da admiração e do carinho de toda nossa equipe”, homenageou a casa.

Os amigos também o descreveram como amigo, cheio de vida e apaixonado pela música. Rafael Canielo, baterista que tocou com Marcelo por dois anos, relembrou ao Estado de Minas a primeira vez em que se encontraram, em 2023, no Mina Jazz Bar. “Com poucos minutos de conversa já estávamos fechando o nosso primeiro show do Especial Elvis Presley”, disse.

O deputado estadual Roberto Andrade também lamentou a morte do advogado e destacou o talento artístico de Marcelo para interpretar Elvis Presley. “Ele não apenas cantava, ele encantava. Sua voz nos transportava. O Elvis na voz do Marcelo era algo capaz de tocar a alma. Ele ousava, criava, se jogava na música com coragem e verdade. Chegava até a cantar Frank Sinatra ao estilo de Elvis, e ficava simplesmente extraordinário”, afirmou.

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(Com informações da Agência Folha)

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