BH: homem que matou PM a tiros em loja vai para cadeia de segurança máxima
Foragido do sistema prisional, Jefferson Anísio da Silva tem condenações por vários crimes, incluindo homicídio. As penas ultrapassam 25 anos de prisão
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O homem acusado de matar a tiros o cabo da Polícia Militar Vinícius de Castro Lima, de 37 anos, durante um assalto a uma concessionária em Belo Horizonte (MG), foi transferido nesta quinta-feira (23/10) para um presídio de segurança máxima em Francisco Sá, na Região Norte do estado, informou o Ministério Público (MPMG). Jefferson Anísio da Silva, de 27 anos, ainda teve a prisão em flagrante convertida em preventiva após audiência de custódia.
Ele estava foragido, pois não havia voltado ao sistema prisional depois de receber benefício da Justiça, em março deste ano, para trabalho externo. Jefferson tem condenações por quatro roubos, um homicídio e uso de documento falso. Ele ainda tem outra sentença, em fase recursal, por homicídio qualificado e responde a outra ação penal por roubo. O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) informou que são "mais de 25 anos de prisão a cumprir por suas condenações".
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Vinícius de Castro Lima foi executado com nove tiros — cinco deles na cabeça — no início da tarde de terça-feira (21/10), na Avenida Nélio Cerqueira, nº 802, no Bairro Tirol, Região do Barreiro. Jefferson chegou à agência de veículos fingindo interesse no financiamento de um carro. A vítima estava de folga e foi ao local visitar o amigo, dono da concessionária.
Conforme o MPMG, após observar a movimentação e as rotinas internas do estabelecimento, Jefferson deixou o local e retornou minutos depois com outra pessoa em uma motocicleta, veículo que havia sido furtado dias antes. O comparsa ficou na moto, e Jefferson entrou de novo na loja, anunciou o assalto e rendeu funcionários e clientes. Ele recolheu alianças, cordões, aparelhos celulares, entre outros bens das vítimas.
Segundo a major Layla Brunella, chefe da comunicação da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), o cabo havia acabado de chegar à concessionária com dois amigos, que entraram no estabelecimento. A vítima ficou na parte externa da loja. "Pouco depois, os amigos saíram e falaram que havia um roubo em andamento. O militar, então, entrou no local", contou.
Naquele momento, o cabo recebeu ordem para se deitar no chão. No entanto, ele saiu e gritou para alertar outras pessoas que um assalto estava em curso. Segundo o Ministério Público, Jefferson foi atrás de Vinícius e "passou a efetuar diversos disparos de arma de fogo em direção ao militar, que não teve chance de reação, sendo atingido por nove tiros".
"A crueldade do ataque evidencia a intenção deliberada de eliminar a vítima, que tombou sem vida na calçada da loja, em pleno horário comercial", frisou a promotora de Justiça Ana Carolina Zambom, que participou da audiência de custódia. Vinícius de Castro Lima era casado e deixa um filho.
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Jefferson acabou preso ainda na terça-feira depois de ser localizado em Betim, na Grande BH. Ele foi encontrado dentro de um Fiat Idea vermelho furtado, com placas clonadas, na BR-381, após ser rastreado pelo helicóptero Pégasus da PM. Com ele, os policiais apreenderam uma pistola de calibre 9mm com numeração raspada, 27 munições, dois carregadores e documentos falsos.
Segundo a Polícia Militar, o comparsa dele, que auxiliou na fuga, foi identificado e morreu, na tarde de quarta-feira (22/10), depois de um confronto com o Grupo Especializado de Recobrimento (GER) da Polícia Militar. Ele foi encontrado em uma residência do Bairro Tropical, em Contagem, na Grande BH, e portava uma pistola de calibre 9mm.
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