Servidores de hospital fazem abaixo-assinado contra decisão judicial
TCE-MG determinou a abertura de seis salas cirúrgicas para que a terceirização do Hospital Maria Amélia Lins seja efetivada
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Siga noServidores do Hospital Maria Amélia Lins (HMAL), na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, lançaram nesta segunda-feira (15/9) um abaixo-assinado digital contra a decisão mais recente do Tribunal de Contas de Minas Gerais (TCE-MG), emitida na terça-feira passada (9/9). A corte determinou que a Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig) abra, em até 30 dias, seis salas cirúrgicas para que a terceirização da unidade seja efetivada. Até a publicação desta reportagem, o abaixo-assinado havia registrado 176 assinaturas.
Andrea Fontenelle, que atuava como diretora clínica do HMAL, explica que o abaixo-assinado visa repercutir a decisão judicial. "O TCE-MG deu ao governo do Estado o aval para iniciar o desmonte da maior rede de saúde pública de Minas Gerais e uma das maiores do Brasil, referência do cuidado secundário e terciário", avalia.
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De acordo com a decisão do TCE-MG, as seis salas cirúrgicas devem ter capacidade para realizar pelo menos 300 procedimentos por mês. A determinação estabelece ainda que duas dessas salas sejam instaladas no Hospital Júlia Kubistchek (HJK) e outras duas no Hospital João XXIII.
As duas salas restantes deverão ser implantadas em outras unidades da rede Fhemig, localizadas na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A Fhemig já confirmou a instalação das salas cirúrgicas no HJK.
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A medida é uma compensação pela interrupção das cirurgias ortopédicas no Hospital Maria Amélia Lins (HMAL), que seria repassado a uma empresa privada, mas teve o processo de terceirização suspenso pelo próprio TCE-MG em abril, após denúncias de sindicatos e parlamentares.
O HMAL seria repassado ao Consórcio Instituição de Cooperação Intermunicipal do Médio Paraopeba (Icismep), que venceu uma concorrência para a gestão da unidade em abril deste ano. A contratação, porém, está suspensa.
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