ADOTE UM HERÓI

Cães policiais entram para adoção em Minas; saiba as regras

Três cães que serviram as forças de segurança, e agora estão aposentados, procuram por famílias dispostas a acolhê-los

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Zoe, Bud e Ivy. Esses são os nomes dos heróis de quatro patas que estão em busca de um novo lar. Após anos guiados pelo lema “servir e proteger”, os cães policiais, agora aposentados, estão disponíveis para adoção. A Polícia Civil (PCMG) e o Governo de Minas lançaram a campanha “Adote um Herói”, para encontrar famílias dispostas a acolhê-los. O processo será feito pela equipe da Coordenação de Operações com Cães (COC) e os interessados devem enviar um e-mail com dados pessoais.

Segundo a investigadora da Polícia, Lídia Mary, a prioridade de adoção é sempre do condutor do animal. Caso haja interesse, a preferência vai para os servidores da coordenação, e depois para o público em geral. “O primeiro é quem trabalhou diretamente com o cão. Depois é quem trabalha na COC. Em seguida, são policiais de outras unidades que têm interesse. Depois de outras forças de segurança, PM, bombeiros. E então, o público externo”, explica ela.

A investigadora destaca a importância do interessado comprovar a idoneidade moral, ser dedicado aos cuidados animais e possuir condições financeiras adequadas para garantir o bem-estar do cão. “A pessoa vai passar por uma entrevista com a coordenação, e somos rigorosos quanto a esses critérios. Muitas vezes a pessoa quer um cão policial só por ele ser um cão policial, mas não conhece a raça, as características, não possui espaço ou condições de arcar com um veterinário”, afirma ela.


Lídia Mary ainda ressalta a necessidade de um check-up frequente para os cães de idade avançada. “Eles não podem fazer muitos exercícios físicos e precisam de acompanhamento. É igual uma pessoa idosa. Precisa de cuidados com a saúde, higiene e uma boa alimentação. Por isso, a pessoa interessada em adotar precisa saber disso e ter condições de cuidar”, reitera.

São destinados à adoção os cães considerados inaptos para o serviço policial e os que atingiram idade para aposentadoria: voluntária a partir dos 8 anos de idade (mediante avaliação técnica) e obrigatória aos 10. “Eles passam por avaliações periódicas e o próprio condutor que cuidou do animal a vida inteira, sabe quando ele já não está rendendo tanto. O treinamento deles começa logo após o desmame, com brincadeiras lúdicas até treinos de ambientação e socialização”, descreve Lídia.

Quem são os heróis disponíveis?

A pastor belga malinois Zoe dedicou seis, dos 8 anos de vida, às atividades policiais. Começou o programa de formação da COC ainda filhote e, com 1 ano e 6 meses, já iniciou as atividades operacionais. Em 2023, Zoe auxiliou na prisão de um dos principais alvos de uma operação policial contra o tráfico de drogas desencadeada em Nanuque (MG), Vale do Mucuri. Na ocasião, a cadela ajudou a identificar, em área de difícil acesso, uma quantidade considerável de entorpecentes.

Lídia define a cadela como dócil e afetuosa sendo, no entanto, reativa em relação a outras fêmeas da mesma espécie, o que requer atenção em sua convivência com outros animais.

Bud é um pastor alemão que serviu à PCMG por cerca de cinco anos. Ele foi diagnosticado com displasia coxofemoral bilateral, condição que comprometeu sua capacidade funcional, e o afastou definitivamente das atividades operacionais. “Bud foi responsável pela localização de materiais ilícitos em diversas operações, inclusive em ambientes de difícil acesso, como áreas de mata fechada, onde a atuação dos policiais era limitada pela complexidade do terreno”, exalta Lídia.

Ela o descreve como “extremamente carinhoso”, mas alerta que não se adapta facilmente a qualquer pessoa, exigindo cuidados específicos e acompanhamento veterinário contínuo, e não pode ser submetido a esforço físico. Bud também aprecia a companhia de outros amigos de quatro patas.

Já Ivy é carinhosa e energética, o que demanda a realização de exercícios físicos. Ela é da raça pastor belga malinois e passou pelo processo de formação policial, mas foi considerada inapta para o serviço, por motivos técnicos.

Como adotar?

O processo de adoção ocorre mediante assinatura de termo específico, no qual o interessado deve comprovar idoneidade moral, ser reconhecidamente dedicado aos cuidados animais e possuir condições financeiras adequadas para garantir o bem-estar do cão.

Além disso, deve assegurar cuidados à saúde e qualidade de vida do animal. O cão adotado não pode ser empregado em atividade comercial ou laboral. Os interessados devem enviar nome completo, endereço residencial e telefone de contato para a Polícia Civil, pelo e-mail coc.coe.pcmg@gmail.com. 

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Após o recebimento das informações, a equipe da COC fará contato para agendar a entrevista presencial. “Vale lembrar que, a pessoa que não conseguir agora, vamos montar um catálogo e deixar registrado para quando precisarmos, e futuramente vamos entrar em contato”, conclui Lídia Mary.

 *Estagiária sob supervisão da subeditora Juliana Lima 

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