CONJUNTO PAULO VI

Polícia afirma que toque de recolher em bairro de BH é 'fake news'

Mensagem foi enviada aos moradores do Conjunto Paulo VI depois da morte de um homem apontado como chefe do tráfico de drogas da região, no último domingo (22/6)

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A Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) afirmou que o suposto toque de recolher, que teria sido determinado por uma organização criminosa no Bairro Conjunto Paulo VI, na Região Nordeste de BH, se trata de “fake news”. A mensagem foi enviada aos moradores da região depois do homicídio de um homem, de 32 anos, apontado como chefe do tráfico de drogas na tarde desse domingo (22/6). 

Em nota, a corporação afirmou, por intermédio do 16º Batalhão de Polícia Militar, que a comunidade continuou suas atividades rotineiras como de costume, e os comércios permaneceram funcionando normalmente. “Não havendo qualquer orientação para que os moradores se recolham às suas residências”, complementou. 

Apesar de não haver indícios do toque de recolher, a PMMG afirmou que as equipes do batalhão local tem realizado operações para “garantir a segurança e tranquilidade da comunidade”. Nessa segunda-feira (23/6), os militares deflagraram a Operação Saturação, com patrulhamento preventivo e repressivo. 

“A Polícia Militar orienta a população a não compartilhar informações não oficiais, que possam gerar pânico ou desinformação, e reforça que permanece à disposição da sociedade, por meio do telefone 190, para qualquer necessidade ou denúncia”, concluiu a corporação. 

Toque de recolher

Desde a morte do homem apontado como chefe do tráfico, moradores do Bairro Conjunto Paulo VI receberam mensagens sobre o suposto toque de recolher. A medida, segundo o comunicado, acontece devido à possibilidade de troca de tiros e orienta que as pessoas “evitem sair de casa”. No aviso, que não possui assinatura de nenhuma gangue ou grupo criminoso, é anunciada uma “grande operação de recolher total”.

“Há risco de troca de tiros a qualquer momento. Não temos uma hora específica para o acontecimento, portanto, é importante permanecer vigilantes”, aponta o comunicado. 

Segundo boletim de ocorrência, a vítima, cuja morte teria motivado o toque de recolher, estava parada na rua, ao lado de uma motociclista. Ela conversava com outras pessoas quando um carro se aproximou. Dois homens então teriam desembarcado do veículo e disparado contra o desafeto. 

Imagens de câmera de segurança flagraram o momento que o homem foi executado. Ele é visto correndo pela rua, quando, em determinado momento cai. Ao ser alcançado, tenta se levantar, mas três suspeitos se aproximam e disparam contra a vítima. Depois de um tempo, o trio foge a pé. O homem foi baleado por todo o corpo, principalmente na cabeça, mas o registro policial não cita quantos disparos foram feitos. 

Informações anônimas revelaram que o homem, alvo do ataque, chefiava o ponto de tráfico na parte baixa do Conjunto Paulo VI. Ele estaria em guerra com traficantes da parte alta do bairro. A ocorrência foi encaminhada para a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), que vai investigar o caso.

Guerra do tráfico

Em 6 de junho, um adolescente, de 17 anos foi baleado no Bairro Conjunto Paulo VI, em mais um episódio de conflito entre gangues do tráfico de drogas. Segundo o boletim de ocorrência, o jovem foi forçado por traficantes a atacar a tiros uma organização criminosa rival.

Na época, moradores da região ouviram disparos de arma de fogo e chamaram a PMMG. Testemunhas, que preferiram não se identificar, relataram aos militares que o jovem tem uma dívida com traficantes da parte baixa do bairro. Como forma de pagamento, os criminosos deram a ele a “missão” de atacar a região superior do bairro, dominada por traficantes rivais, que estão em guerra com o grupo. 

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O jovem seguiu à Rua Bem-Me-Quer, onde há um ponto de venda de drogas, e atirou. Os traficantes revidaram, e o adolescente foi atingido nas pernas, tórax, abdômen e rosto. Ele conseguiu fugir e caiu na Rua Renascer, onde foi resgatado e levado até o Hospital Risoleta Neves, em Venda Nova, onde ficou internado. Até o momento, apesar de ter como estopim o conflito entre as gangues, não há confirmação que os crimes do início do mês e desse domingo (22/6) tenham ligação.

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