BH: ciclistas pressionam por retomada de obras da ciclovia na Afonso Pena
Nesta quinta-feira, para pressionar a retomada e conclusão das obras, dezenas de ciclistas se concentraram na Praça da Rodoviária
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Siga noCiclistas de Belo Horizonte se reuniram na noite desta quinta-feira (5/6) para protestar contra a paralisação das obras da ciclovia na Avenida Afonso Pena, na Região Centro-Sul da capital.
O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) havia determinado, em junho de 2024, a interrupção dos trabalhos após pedido do Ministério Público mineiro, que, em abril do mesmo ano, já havia feito a solicitação, mas, na ocasião, a Justiça não a acatou.
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O principal argumento para o pedido de paralisação seria a ausência de licenciamento urbanístico apresentado pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) para a realização das obras. Entre as reivindicações do Ministério Público, está a proibição de supressão de qualquer espécie de árvore na Avenida Afonso Pena até que o licenciamento seja concedido.
Nesta quinta-feira, a fim de pressionar pela retomada e conclusão das obras, dezenas de ciclistas se concentraram às 20h na Praça da Rodoviária. De lá, o grupo seguiu às 20h30 em direção à Praça da Bandeira, onde ocorreu a dispersão.
Funcionário público Cristiano Scarpelli, de 45 anos, foi um dos que bateu ponto no ato
O funcionário público Cristiano Scarpelli, de 45 anos, foi um dos que marcaram presença no ato desta noite. “A ciclovia traz segurança para quem pedala e estimula mais gente a usar a bicicleta, o que implica em menos carros nas ruas. Ela só retira 1,6% do espaço dos carros no trecho”, declarou o cicloativista, que também é editor do Ciclo Rota BH, projeto que estuda e divulga o ciclismo em Belo Horizonte.
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Entenda a obra
A ciclovia da Afonso Pena integra um pacote de obras de requalificação do Centro de Belo Horizonte. O projeto prevê a criação de uma via exclusiva para ciclistas, nos dois sentidos, ao longo de toda a avenida – da Praça Rio Branco, no coração do Centro, até a Praça da Bandeira, no Bairro Mangabeiras, área nobre da capital e mais afastada do hipercentro.
Idealizado pela BHTrans, o plano também contempla a alteração da geometria dos quarteirões fechados e das calçadas nos cruzamentos da Afonso Pena com as avenidas do Contorno, Getúlio Vargas e Brasil. As intervenções envolvem, especialmente, a remoção de árvores e a criação de trechos para passagem de veículos e travessia de pedestres.
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A questão é que, para implantá-las, é necessária a redução da área de praça desses quarteirões. A Diretoria de Patrimônio Cultural e Arquivo Público (DPCA), órgão responsável pela implementação e gestão da política de proteção aos bens culturais, solicitou a revisão da proposta, mas a BHTrans insistia na manutenção do projeto original.