Papa Francisco reconheceu três beatos mineiros; veja quem são
A beatificação é uma etapa que antecede a canonização e ocorre quando o Vaticano reconhece um milagre
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Papa Francisco esteve à frente da Igreja Católica por 12 anos. Durante seu pontificado, concedeu o título de beato a três mineiros. O argentino Jorge Mario Bergoglio morreu aos 88 anos, na madrugada desta segunda-feira (21/4). A beatificação é uma etapa que antecede a canonização e ocorre quando o Vaticano reconhece um milagre. Para que um beato se torne santo, é necessário o reconhecimento de um segundo milagre, exceto em casos de martírio, quando a morte ocorre por causa da fé.
A primeira mineira beatificada por Francisco foi Nhá Chica, em 4 de maio de 2013. Seu antecessor, Bento XVI, já havia autorizado a beatificação, mas a cerimônia ocorreu durante o pontificado de Francisco, iniciado em 14 de março daquele ano. Francisca de Paula de Jesus foi reconhecida beata após a cura de um grave problema cardíaco. Nascida em 1808, em São João del-Rei, no Campo das Vertentes, era filha de uma mulher escravizada. Órfã na adolescência, passou a viver em Baependi, no Sul de Minas, onde ficou conhecida como "a santa do povo".
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Filho de uma escravizada, Padre Victor é o segundo mineiro considerado beato pelo líder da Igreja Católica. A cerimônia de beatificação ocorreu em 14 de novembro de 2015. Victor é o primeiro beato negro nascido livre no Brasil. O milagre da gravidez de uma mulher, antes sabidamente infértil, por sua intercessão, foi o motivo da honraria. Ele nasceu em Campanha, no Sul de Minas.
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Nascida em Barbacena, no Campo das Vertentes, Isabel Cristina Mrad é a terceira mineira beatificada por Francisco. A cerimônia que marcou a beatificação ocorreu em 10 de dezembro de 2022. O título foi concedido devido à morte de Isabel, em 1982, considerada um martírio. Após resistir a uma tentativa de estupro, ela foi vítima de 15 facadas de um homem que montava um armário em sua casa. O autor, Maurílio Almeida de Oliveira, foi condenado a 19 anos de prisão, mas fugiu após 13 anos preso. O criminoso morreu em 2024.
Irmã Dulce
Irmã Dulce é a primeira santa nascida no Brasil. Foi canonizada em outubro de 2019 pelo Papa Francisco. A cerimônia, realizada em missa no Vaticano, reuniu 50 mil pessoas. Conhecida como "anjo bom da Bahia", Irmã Dulce foi proclamada Santa Dulce dos Pobres após ter dois milagres reconhecidos pela Igreja.
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