
Mulher é condenada a mais de 2 anos de prisão por matar recém-nascida
A mãe foi acusada de agredir o bebê e depois abandoná-lo em uma caçamba de lixo na região do Barreiro, em Belo Horizonte
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Siga noUma mulher acusada de matar a própria filha logo após o parto e jogar o corpo em uma caçamba foi condenada a dois anos e nove meses de prisão por infanticídio e ocultação de cadáver. O crime ocorreu em março de 2020, quando a autora deixou a recém-nascida em uma lixeira de rua, enrolada em uma sacola, na região do Barreiro, em Belo Horizonte.
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O julgamento aconteceu nesta quinta-feira (6/2). O Conselho de Sentença foi formado por 5 homens e 2 mulheres. Durante o interrogatório, a acusada, que atualmente tem dois filhos, sendo que uma das gestações ocorreu após o crime, alegou que, durante sua primeira e segunda gravidezes, sentiu uma tristeza muito grande. “Uma loucura na minha cabeça”, declarou.
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A mãe disse ainda que nunca teve a intenção de matar a bebê e, por conta disso, não chegou a tomar remédios para abortar. No dia do crime, segundo ela, sentiu muita dor e só se lembra de ter acordado dentro do banheiro. A autora diz que não se lembra de ter agredido a criança após o parto.
Ainda segundo a mulher, somente depois de ser atendida por psiquiatras na prisão e começar a tomar remédios controlados que entendeu que teve depressão pós-parto, crises de ansiedade e sofreu um surto. Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais, quando a mulher deixou a bebê na caçamba, a ideia dela era que alguém a encontrasse viva. “É uma dor que vou carregar para o resto da vida”, concluiu a autora.
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Na data do crime, a recém-nascida foi levada para a UPA Barreiro, chegando sem pulso e respiração. Segundo o TJMG, o bebê faleceu em decorrência de politraumatismo contuso, devido aos atos agressivos praticados pela mãe. A denúncia ainda sustenta que a acusada deixou a recém-nascida trancada dentro de um carro durante toda a noite. Na manhã seguinte, ela embrulhou o corpo da menina em uma sacola, dentro de uma caixa de sapatos, e deixou em uma lixeira de rua.
Segundo estudos associados à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Brasil cerca de 26,3% das mães apresentam sintomas de depressão pós-parto, o que representa aproximadamente uma em cada quatro mulheres.
*Estagiária sob supervisão do subeditor Gabriel Felice