Confira 7 erros de português que muitos brasileiros cometem sem perceber
A dúvida entre 'amar o próximo' e 'amar ao próximo' é só uma de muitas; confira uma lista com outros deslizes comuns e aprenda a forma correta
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A dúvida entre escrever "amar o próximo" ou "amar ao próximo" é uma das mais comuns no dia a dia. No português moderno, a forma correta é "amar o próximo", sem a preposição "a". Isso ocorre porque o verbo "amar" é transitivo direto, ligando-se diretamente ao complemento.
No entanto, ainda que gramaticalmente menos adequada, "amar ao próximo" é recorrente em discursos religiosos e literários devido à tradição. Esse costume surgiu de traduções antigas, especialmente bíblicas, influenciadas pelo latim e pelo português clássico, onde o uso de preposição era frequente.
Questões como essa, embora pareçam detalhes, podem gerar confusão na comunicação escrita e até mesmo na fala. Muitas vezes, as regras foram aprendidas na escola, mas se perderam com o tempo e o uso cotidiano mais informal da língua. A boa notícia é que relembrar algumas delas é mais simples do que parece.
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Para ajudar a esclarecer outras questões frequentes e evitar gafes, a reportagem preparou uma lista com os erros mais comuns e dicas práticas para não errar mais. Confira a seguir como usar a forma correta de sete expressões populares.
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Mau ou mal? A regra é simples: "mau" é o contrário de "bom", enquanto "mal" é o oposto de "bem". Para não errar, faça a substituição na frase. Exemplos: "Ele é um homem mau" (homem bom); "Ele se sentiu mal" (se sentiu bem).
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Há ou a? Para indicar tempo que já passou, use sempre "há", do verbo haver. Ele pode ser substituído por "faz". Já a letra "a" é usada para indicar tempo futuro ou distância. Exemplos: "Eu não o vejo há (faz) dois anos"; "Daqui a duas semanas, viajaremos".
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Onde ou aonde? "Onde" se refere a um lugar fixo, sem movimento. "Aonde" indica deslocamento ou destino. A dica é observar o verbo: se ele indicar movimento, como ir ou chegar, use "aonde". Exemplos: "Onde você está?"; "Aonde nós vamos?".
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Meio ou meia? Quando significa "um pouco", a palavra "meio" não varia. O erro comum é dizer "meia cansada". O correto é "meio cansada". A palavra "meia" só é usada como numeral, para indicar metade. Exemplo: "Ela estava meio chateada". "Bebi meia garrafa de água".
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Menos ou menas? Este é um dos erros mais fáceis de corrigir: a palavra "menas" simplesmente não existe na língua portuguesa. Use sempre "menos", não importa se a palavra seguinte é masculina ou feminina. Exemplo: "Havia menos pessoas na festa hoje".
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A gente vai ou vamos? Embora "a gente" se refira a um grupo de pessoas (nós), a concordância verbal deve ser feita na terceira pessoa do singular. O correto é sempre "a gente vai", "a gente fez", "a gente quer". Pense que a expressão "a gente" equivale a "ele" ou "ela".
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Quando usar a crase? Um truque clássico resolve a maioria das dúvidas. Substitua a palavra feminina por uma masculina. Se o "a" virar "ao", então o acento grave é necessário. Exemplo: "Vou à feira". Troque por "mercado": "Vou ao mercado". Logo, a crase está correta.
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Uma ferramenta de IA foi usada para auxiliar na produção desta reportagem, sob supervisão editorial humana.