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Guia de educação financeira para jovens: 5 passos para fugir do nome sujo

Aprenda a organizar seu orçamento, usar o crédito com inteligência e evitar as armadilhas financeiras da Geração Z, como as perigosas bets

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A combinação de acesso facilitado ao crédito, pagamentos instantâneos via Pix e a popularidade das apostas on-line está criando um cenário preocupante para a Geração Z. Muitos jovens estão começando a vida adulta com o nome sujo, presos em um ciclo de dívidas que compromete o futuro e a saúde mental. A velocidade com que o dinheiro circula hoje exige um nível de controle financeiro que nem sempre faz parte da formação dessa nova geração.

Lidar com as finanças pode parecer uma tarefa complexa, mas não precisa ser. Entender como organizar o orçamento, usar o crédito de forma inteligente e reconhecer as armadilhas do consumo moderno são os primeiros passos para construir uma vida financeira saudável. Este guia foi criado para ajudar você a navegar por esses desafios com cinco passos práticos e diretos, evitando as principais ciladas que levam ao endividamento.

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1. Entenda para onde vai o seu dinheiro

O primeiro passo para tomar o controle da sua vida financeira é saber exatamente para onde cada real está indo. Sem essa clareza, qualquer tentativa de planejamento se torna um tiro no escuro. Entretanto, monitorar os gastos nunca foi tão fácil. Você pode usar aplicativos de finanças, planilhas ou até mesmo um caderno.

O importante é criar o hábito de registrar tudo, desde o café da manhã até a assinatura de um serviço de streaming. Ao final de um mês, categorize essas despesas. Separe os gastos em grupos como moradia, alimentação, transporte, lazer e educação. Esse mapa financeiro revelará seus padrões de consumo e mostrará onde estão os ralos que podem estar drenando seu orçamento sem que você perceba.

Essa análise inicial costuma ser surpreendente. Muitas vezes, pequenas despesas diárias, que parecem inofensivas, somam um valor expressivo no fim do mês. Identificar esses gastos é fundamental para as próximas etapas, pois permite que você tome decisões conscientes sobre onde é possível cortar ou reduzir para alinhar seu dinheiro aos seus verdadeiros objetivos.

2. Crie um orçamento que funcione para você

Com o mapa dos seus gastos em mãos, é hora de criar um plano para o futuro: o seu orçamento. Um orçamento não é uma camisa de força para te impedir de gastar, mas sim uma ferramenta para garantir que seu dinheiro trabalhe a seu favor. O segredo é criar um plano realista, que se adapte ao seu estilo de vida e às suas prioridades.

Uma regra simples e popular é a 50/30/20. Ela sugere destinar 50% da sua renda para gastos essenciais, como aluguel, contas de luz e supermercado. Outros 30% seriam para despesas variáveis e ligadas ao seu bem-estar, como sair com amigos, academia e hobbies. Os 20% restantes deveriam ser direcionados para o futuro, quitando dívidas ou construindo uma reserva financeira.

Adapte essas porcentagens à sua realidade. Se você tem dívidas, talvez precise aumentar a fatia destinada a pagá-las por um tempo. O mais importante é que o orçamento seja um guia claro. Defina limites para cada categoria de gasto e acompanhe seu progresso ao longo do mês. Se perceber que está gastando demais em uma área, ajuste o plano para compensar em outra.

Guia de educação financeira para jovens
Um orçamento não é uma camisa de força para te impedir de gastar, mas sim uma ferramenta para garantir que seu dinheiro trabalhe a seu favormonthirayodtiwong

3. Use o crédito com sabedoria, não como renda extra

Um dos maiores erros financeiros cometidos por jovens é enxergar o limite do cartão de crédito ou do cheque especial como uma extensão do salário. Crédito não é dinheiro seu, é um empréstimo com um custo, e geralmente um custo alto. Usar essa ferramenta de forma impulsiva é a via mais rápida para o endividamento e para sujar o nome.

O cartão de crédito pode ser um ótimo aliado se usado com estratégia. Ele pode ajudar a concentrar os gastos em uma única data de pagamento, acumular pontos ou milhas e realizar compras de maior valor de forma parcelada. No entanto, o parcelamento deve ser planejado para caber no orçamento dos meses seguintes, e a fatura deve ser paga integralmente na data de vencimento.

Pagar apenas o valor mínimo da fatura aciona o crédito rotativo, uma das linhas de crédito com os juros mais altos do mercado. A dívida pode se transformar em uma bola de neve rapidamente. Portanto, a regra de ouro é clara: se não tem certeza de que poderá pagar o valor total da fatura no próximo mês, evite usar o cartão. Use o débito ou o Pix para as compras do dia a dia.

4. Cuidado com as armadilhas financeiras modernas

A Geração Z enfrenta desafios financeiros que não existiam para as gerações anteriores. A facilidade de comprar com um clique, a pressão das redes sociais por um estilo de vida idealizado e a proliferação de plataformas de apostas online criaram um campo minado para o orçamento. As "bets", em particular, se tornaram um perigo silencioso.

Prometendo ganhos fáceis e rápidos, as apostas online podem levar à perda de controle financeiro e ao vício. O dinheiro que deveria ser usado para construir um futuro seguro acaba sendo perdido em busca de um retorno improvável. É fundamental entender que apostas não são investimento, mas uma forma de entretenimento de alto risco.

Outro ponto de atenção são as assinaturas recorrentes. Serviços de streaming, aplicativos e clubes de assinatura podem parecer baratos individualmente, mas a soma de vários deles pode consumir uma parte significativa da sua renda. Faça uma revisão periódica de todas as suas assinaturas e cancele aquelas que você não utiliza com frequência. Fique atento também às compras por impulso, muitas vezes motivadas por influenciadores e promoções relâmpago.

5. Comece a construir uma reserva de emergência

Imprevistos acontecem. Um problema de saúde, a perda do emprego ou a necessidade de um reparo urgente em casa podem desestabilizar completamente as finanças de quem não está preparado. É para essas situações que serve a reserva de emergência, um dinheiro guardado especificamente para cobrir gastos inesperados sem que você precise se endividar.

O ideal é ter um valor guardado equivalente a três a seis meses do seu custo de vida essencial. Pode parecer uma meta distante, mas o mais importante é começar. Defina um valor mensal, mesmo que pequeno, para depositar em uma conta separada. Automatizar essa transferência no dia do seu pagamento ajuda a criar o hábito e a tratar a poupança como uma conta a ser paga.

Esse dinheiro deve ser aplicado em um investimento de baixo risco e com liquidez diária, ou seja, que você possa resgatar a qualquer momento sem perdas. Contas remuneradas ou Tesouro Selic são boas opções. Construir essa reserva traz segurança e tranquilidade, permitindo que você lide com os percalços da vida sem comprometer seus planos e seu futuro financeiro.

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