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INCLUSÃO

Estudante com paralisia escreve tese de mestrado usando piscar de olhos

Rapaz tem distrofia muscular e usou tecnologia de rastreamento ocular para produzir seu trabalho

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A tecnologia foi fundamental para que o estudante sul-coreano Jang Ik-sun conseguisse terminar sua tese de mestrado. Ele tem distrofia muscular e usou um dispositivo de rastreamento ocular para produzir seu trabalho usando o movimento dos olhos. 


Jang obteve seu mestrado em assistência social pela Universidade de Gwangju em 23 de fevereiro. Além do título, o mestrando recebeu também uma menção honrosa devido ao seu esforço.

“Receber um mestrado por si só significa muito, mas foi um dia ainda mais significativo, pois minha tese foi reconhecida por seu valor acadêmico”, escreveu Jang em uma postagem no Instagram onde compartilhou seu feito.

A tese de mestrado do estudante de 37 anos aborda os direitos das pessoas que sofrem de distrofia muscular e a ausência do apoio que é preciso para estes casos. No trabalho, Jang Ik-sun aponta que a falta de acompanhamento pode ser fatal para estes pacientes, uma vez que até em curtos períodos pode acontecer algo - por exemplo, no caso de quem necessita de respiradores. Também a escassez de horas que eram pagas aos cuidadores destes pacientes foi apontada.

"Para nós, o apoio é sobrevivência", declarou o estudante ao jornal Korean Herald. Jang Ik-sun foi diagnosticado com distrofia muscular aos 5 anos de idade. Ele começou a pós-graduação em 2019, quando já não conseguia mais escrever ou digitar. 

Durante a trajetória acadêmica, ele precisou enfrentar diversos desafios, como digitalizar livros e apostar na memorização, já que não podia fazer anotações durante as aulas. Para os trabalhos Jang Ik-sun usa um mouse de rastreamento ocular, um dispositivo que traduz os movimentos dos olhos em comandos digitais. 

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O homem trabalha na Associação de Distrofia Muscular de Gwangju e fazia mestrado durante a noite, com a ajuda de uma pessoa que o auxiliava com os materiais de estudo. Ele também tem um canal de YouTube, cujo objetivo é alertar a sociedade para as dificuldades. "Os doentes com distrofia muscular como nós são invisíveis [...]. Quero tirá-los da sombra e trazê-los para a luz”, afirmou. 

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