LIQUIDAÇÃO

Institutos de previdência de estados e municípios têm R$ 1,8 bi em títulos do Master sem garantias

Rioprevidência (RJ),investiu R$ 970 milhões; Amprev (AP), R$ 400 milhões; e o Iprev (AL), R$ 97 milhões em letras do banco

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BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Institutos que pagam aposentadorias a servidores municipais e estaduais aplicaram R$ 1,8 bilhão em letras financeiras do Banco Master sem garantia do FGC (Fundo Garantidor de Créditos) entre outubro de 2023 e dezembro de 2024. 

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O valor fica em risco após a liquidação do banco, decretada nesta terça-feira (18) pelo Banco Central. 

Dos 18 institutos municipais e estaduais que investiram em letras do Master, destacam-se a Rioprevidência, do estado do Rio de Janeiro, com R$ 970 milhões investidos, a Amprev (estado do Amapá), com R$ 400 milhões, e o Iprev de Maceió, com R$ 97 milhões. 

Além destas, o instituto de previdência de São Roque, no interior de São Paulo, com 79 mil habitantes, aplicou R$ 93 milhões em letras financeiras não garantidas pelo FGC. 

Os dados são do Ministério da Previdência Social e foram adiantados pelo jornal O Estado de S. Paulo nesta quarta-feira (19). 

Ao contrário dos CDBs (Certificados de Depósito Bancário), as letras financeiras emitidas pelo Banco Master não têm cobertura do FGC. Por isso, os aportes de quase R$ 2 bilhões feitos pelas previdências dos estados e municípios serão contabilizados como dívida durante o processo de liquidação do banco, tornando a recuperação dos valores incerta. 

Nesta terça-feira, o Banco Central decretou a liquidação do Banco Master e colocou o Master Múltiplo, instituição que integra o conglomerado, sob regime de administração especial temporária por até 120 dias. 

O banqueiro Daniel Vorcaro, dono da instituição, foi preso pela Polícia Federal na noite desta segunda-feira (17), em São Paulo, enquanto tentava embarcar para fora do país. 

Em nota, a Rioprevidência, que paga aposentadorias a servidores estaduais do Rio de Janeiro, afirmou que o pagamento dos benefícios está garantido e que negocia a substituição das letras por precatórios federais. 

A Amprev, do estado do Amapá, diz acompanhar o caso junto às autoridades reguladoras e afirmou que as aplicações realizadas no Banco Master seguiram integralmente normas do Sistema Financeiro Nacional e a Política de Investimentos do Regime Próprio da Previdência Social (RPPS). 

O Iprev de Maceió afirmou que os investimentos representam menos de 10% do patrimônio total do Instituto, hoje em R$ 1,4 bilhão. A entidade também afirma que, à época das aplicações, o Master estava habilitado no Banco Central, e contava com grau de investimento atribuído por agência de classificação de risco.

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O São Roque Prev diz monitorar a liquidação extrajudicial do Banco Master e afirma ter adquirido os títulos seguindo os ritos legais e técnicos, com pareceres de assessoria de investimentos, aprovação do comitê de investimentos, ciência e homologação dos conselhos fiscal e deliberativo.

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