Comerciantes de MG estão otimistas para as vendas de Natal
Para 52% dos comerciantes consultados pela Fecomércio MG a expectativa é de que as vendas superem as de 2024. Empresários apostam em liquidações e promoções
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Mais da metade dos comerciantes de Minas Gerais está confiante com o desempenho das vendas do Natal deste ano. Para 52% dos empresários ouvidos pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Minas Gerais (Fecomércio MG) a expectativa é de vendas melhores que no feriado do ano passado. Enquanto isso, 19,2% dos entrevistados acreditam que o desempenho será igual ao de 2024, e 17,7% esperam resultados piores.
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Os comerciantes mineiros não se mostravam tão animados com a data desde 2021, ainda sob impacto da pandemia, quando 61,3% acreditavam que venderiam mais do que em 2020. A expectativa positiva chega após um Natal de 2024 em que 56,3% dos comerciantes se declararam satisfeitos com o faturamento, enquanto para 40% foi insuficiente.
Os empresários justificaram o otimismo baseado na confiança no cenário econômico atual (52,3%), no valor afetivo da data (22,7%), no aquecimento atual do comércio (19,4%) e na injeção do 13º salário no orçamento das famílias (9,3%). Já os pessimistas justificam a baixa expectativa pelo Natal pela queda atual nas vendas do seu setor (43,8%), no endividamento do consumidor (27,4%), na situação econômica do país (27,4%) e no comportamento mais cauteloso do consumidor(8,2%).
Entre as ações do varejo para “turbinar” as vendas de Natal, 29,5% dos comerciantes vão apostar em promoções e liquidações, enquanto 29% pretendem fornecer um atendimento diferenciado e 8,1% querem premiar os clientes com brindes e sorteios. Quanto ao estoque, 23,5% dos estabelecimentos já receberam as encomendas, 50,4% fizeram os pedidos mas ainda não receberam e 21,7% ainda não fizeram os pedidos.
O Natal é considerado a data mais importante para o setor, causando impacto para 89% dos negócios. A faixa de gasto médio por consumidor mais esperada pelos empresários que participaram da pesquisa é entre R$ 70 e R$ 100 (18,8%), enquanto 15,7% acreditam que esse valor ficará entre R$ 100 R$ 200 e 11,5% entre R$ 200 e R$ 300.
Os comerciantes acreditam que a forma de pagamento mais utilizada será o crédito parcelado (37,9%), seguido pelo Pix (26,9%), os cartões de lojas parcelados (11,7%), o cartão de crédito à vista (11,2%), o cartão de débito (5,7%) e o dinheiro (2,9%). De acordo com os empresários, os produtos que devem ter mais saída são roupas (17,5%), carnes (11,5%), produtos alimentícios em geral (10,7%), acessórios (9,9%), calçados (9,1%), bebidas (8,6%), perfumes (6,8%) e móveis (6,5%).
“O Natal é uma data com um forte apelo emocional e gera impactos positivos não apenas para o setor do comércio, mas também para o de serviços e o de turismo. Apesar dos desafios presentes como, por exemplo, o alto endividamento das famílias e o encarecimento do crédito devido às altas taxas de juros, as estratégias adotadas pelos empresários tornam-se ainda mais importantes para garantir o aquecimento das vendas no período”, analisou Gabriela Martins, economista da Fecomércio MG.
O estudo ainda apurou a expectativa dos comerciantes para o último trimestre de 2025, período que reúne datas importantes como o Dia das Crianças (em outubro) e a Black Friday (em novembro). Metade dos entrevistados (50,6%) acreditam que será melhor que o último trimestre do ano passado, enquanto 25,9% esperam resultado igual e 15,1% um desempenho inferior.
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A pesquisa Expectativa de Vendas Natal 2025 foi conduzida pelo Núcleo de Inteligência e Pesquisa da Fecomércio MG entre os dias 3 e 10 de novembro. Foram consultadas 417 empresas do comércio em todas as regiões de Minas Gerais.