EMPREGO

Taxa de desocupação em Minas é menor que a do país

De acordo com o Diagnóstico do Trabalho Decente, realizado pelo Ministério do Trabalho e pela OIT, 4% dos trabalhadores estão desocupados no estado

Publicidade
Carregando...

O Diagnóstico do Trabalho Decente em Minas Gerais, produzido pelo Ministério do Trabalho e Emprego em colaboração com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), revela que o estado registra taxa de desocupação de 4%, uma das mais baixas do país, e um nível de formalização de 63,5% dos trabalhadores ocupados. No Brasil, a taxa de desocupação é de 5,8%. O rendimento médio é de R$ 3.211, equivalente a 2,1 salários-mínimos, e 68,5% dos trabalhadores contribuem para a Previdência Social.

Fique por dentro das notícias que importam para você!

SIGA O ESTADO DE MINAS NO Google Discover Icon Google Discover SIGA O EM NO Google Discover Icon Google Discover

O levantamento também aponta disparidades no emprego decente relacionadas a gênero e raça. No caso das mulheres, o rendimento médio equivale a 74,3% do valor recebido pelos homens, índice menor que a média nacional (78,9%). O estudo aponta ainda outras desigualdades de gênero, como a sub-representação das mulheres nas funções de direção e gerência.

Enquanto os homens ocupam 63,3% desses postos de trabalho, as mulheres somam apenas 36,7% nos cargos de comando, apontam os dados que serão discutidos na II Conferência Nacional do Trabalho, nesta terça-feira (18/11), pelo Ministério do Trabalho e Emprego. A conferência reúne representantes de trabalhadores, empregadores e governo para discutir os desafios do mundo do trabalho e elaborar propostas que serão encaminhadas à etapa nacional, prevista para março do ano que vem, em São Paulo.

De acordo com o estudo, feito com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os homens também são maioria nos postos de trabalho formal com a participação de 74,8% da população masculino empregada contra 56,7% da feminina. Apesar de a taxa de participação da mulher no mercado de trabalho formal ser menor, a proporção de mulheres (71,1%) que contribuem com a previdência social é maior do que a dos homens (66,4%).

A pesquisa também revela que a oferta de creches e escolas, apontada pela pesquisa como um fator crucial para a inserção feminina no mercado de trabalho, alcança somente 53,5% das mulheres ocupadas com filhos de 0 a 3 anos de idade.

Raça e idade

O diagnóstico mostra ainda uma disparidade do trabalho formal envolvendo raça e região. Mesmo tendo 59,2% da população residente classificada como negra, os salários pagos para esse grupo são bem menores. Pessoas negras recebem 69,4% da remuneração das brancas e estão sub-representadas nos cargos de direção. Entre a população negra inserida no mercado de trabalho formal, 40,7% ocupam cargos de gerência e direção. Na população branca, essa proporção é de 59%.

Os números também mostram que os jovens em Minas Gerais enfrentam taxas de desocupação significativamente mais elevadas do que a população adulta. Enquanto a taxa geral de desocupação no estado é de 4%, entre os jovens de 18 a 29 anos esse índice é de 6,3%. O grupo de jovens que nem estuda e nem trabalha representa 20,8% da população juvenil nessa faixa etária.

Em relação ao trabalho infantil (5 a 17 anos), o contingente nessa situação corresponde a 5,8% do total de crianças e adolescentes, percentual superior à média nacional de 4,2%. A concentração maior dessa mão de obra infantil se dá na faixa etária de 16 ou 17 anos, com cerca de 114,9 mil adolescentes inseridos no mercado de trabalho, com concentração bem maior no Norte de Minas Gerais. Nessa região, a proporção de trabalho infantil é 8,8% da população nessa faixa etária.

O estudo fez ainda um diagnóstico do emprego decente para pessoas com deficiência (PCD), revelando uma baixa participação desse grupo no mercado de trabalho. O nível de ocupação para as PCDs era de 25,4% no estado, bem abaixo dos índices de ocupação geral (63%), e taxa de desemprego é de 8,5%, superior à taxa geral do estado (4%).

No caso dos trabalhadores domésticos, categoria ocupacional majoritariamente feminina e negra, o estudo também aponta disparidade em termos de proteção social e rendimentos. O rendimento médio de uma trabalhadora doméstica é de R$ 1.350, abaixo do salário-mínimo. E apenas 29,7% dos 696,2 mil trabalhadores domésticos tinham carteira de trabalho assinada e menos da metade (43,3%) contribui para a previdência social.

Siga nosso canal no WhatsApp e receba notícias relevantes para o seu dia

Dados gerais do mercado de trabalho em Minas Gerais

- Taxa de Desocupação: 4%
- Nível de Formalização: 63,5%
- Rendimento Médio Geral: R$ 3.211
- Contribuição Previdenciária: 68,5% dos trabalhadores contribuem para a Previdência Social
- Rendimento Médio Feminino: equivale a 74,3% do valor recebido pelos homens, índice menor do que a média nacional (78,9%)

Ocupação em Cargos de Comando (Direção e Gerência)

- Homens ocupam 63,3% desses postos de trabalho
- Mulheres somam apenas 36,7% nos cargos de comando

Participação no Trabalho Formal

- A participação masculina nos postos de trabalho decente é de 74,8% da população masculina
- A participação feminina no trabalho formal é de 56,7% da população feminina

Contribuição Previdenciária (por gênero)

- A proporção de mulheres que contribuem com a previdência social (71,1%) é maior do que a dos homens (66,4%)

Remuneração

- Pessoas negras recebem 69,4% da remuneração das brancas
- Entre a população negra inserida no mercado de trabalho formal, 40,7% ocupam cargos de gerência e direção
- Na população branca, essa proporção é de 59%

Tópicos relacionados:

desocupacao emprego minas-gerais mte trabalho

Acesse o Clube do Assinante

Clique aqui para finalizar a ativação.

Acesse sua conta

Se você já possui cadastro no Estado de Minas, informe e-mail/matrícula e senha. Se ainda não tem,

Informe seus dados para criar uma conta:

Digite seu e-mail da conta para enviarmos os passos para a recuperação de senha:

Faça a sua assinatura

Estado de Minas

Estado de Minas

de R$ 9,90 por apenas

R$ 1,90

nos 2 primeiros meses

Aproveite o melhor do Estado de Minas: conteúdos exclusivos, colunistas renomados e muitos benefícios para você

Assine agora
overflay