Automóveis

Crise de chips pode paralisar produção de carros no Brasil

O governo anunciou que prepara medida para evitar colapso no setor. Segundo a indústria, a crise teve início após a China restringir a exportação de semicondutores

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A indústria automobilística brasileira pode paralisar as atividades nos próximos dias devido à escassez de semicondutores. O prognóstico é feito pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), que alerta para que o governo federal adote medidas "rápidas e decisivas" para evitar o desabastecimento de chips no país.

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"A atual crise remete a um cenário semelhante ao vivido durante a pandemia. O impacto da falta de semicondutores vai além do setor automotivo, afetando uma gama de segmentos industriais que dependem desses componentes", afirma a associação, em nota.

De acordo com a Anfavea, a produção de um veículo automotor, em média, exige o uso de mil a 3 mil chips. "Sem esses componentes, as fabricantes não conseguem manter a linha de produção em andamento", diz.

Em nota enviada ao Correio, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic) reconheceu a crise de semicondutores e afirmou estar em diálogo com as empresas para evitar a paralisação industrial. 

"O governo brasileiro está acompanhando os eventuais efeitos de interrupções da cadeia global de suprimento de semicondutores e está em diálogo com a indústria brasileira para buscar soluções que evitem danos às empresas e aos empregos", pontuou a pasta.

Crise geopolítica

Segundo a Anfavea, que comparou a crise atual crise de semicondutores à escassez de chips durante o período da pandemia do coronavírus, o risco de desabastecimento ocorreu por questões geopolíticas, após o governo da Holanda assumir o controle da fabricante Nexperia, uma gigante de semicondutores.

Acontece que a Nexperia tem como acionista um grupo chinês, parcialmente controlado pelo governo do país asiático. Diante da ação da Holanda em controlar a produção da empresa em seu país, a China impôs restrições à exportação de componentes eletrônicos.

Isso, de acordo com a Anfavea, já afeta a produção automobilística em algumas fábricas na Europa e pode interromper atividades de montadoras instaladas no Brasil. 

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"Com 1,3 milhão de empregos em jogo em toda a cadeia automotiva, é fundamental que se busque uma solução em um momento já desafiador, marcado por altos juros e desaquecimento da demanda. A urgência é evidente, e a mobilização se faz necessária para evitar um colapso na indústria", finaliza o presidente da Anfavea, Igor Calvet.

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