Metanol: Especialista avalia autorregulação proposta pela indústria de bebidas

Jeff Hardy, diretor de órgão vinculado à ONU, diz que o Brasil repete vulnerabilidades observadas em outros países e defende rastreabilidade na indústria

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O avanço da crise do metanol no Brasil atraiu atenção internacional. Em visita ao país, o americano Jeff Hardy (foto acima), diretor-geral da Aliança Transnacional para o Combate ao Comércio Ilícito (Tracit), afirmou à coluna que o Brasil vive “o mesmo tipo de falha estrutural” visto em outros países: oferta irregular de insumo, margens altas para fraudadores e fiscalização fragmentada.

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Hardy, que atua em parceria à Organização das Nações Unidas (ONU), avalia que o país precisa fortalecer o controle sobre o destino do metanol e integrar ações de inteligência entre governo, indústria e plataformas digitais.

No país, a posição defendida pela indústria de bebidas tem sido de tentar evitar a recriação de sistemas estatais de controle direto nas fábricas. O setor propõe um modelo de autorregulação, com troca de informações entre fabricantes e auditoria dos dados já declarados ao Fisco, alegando que novas camadas de fiscalização seriam onerosas.

“Quando o controle é disperso e a punição lenta, o crime encontra brechas”, disse Hardy.

Até o momento, nove pessoas morreram em decorrência da contaminação por metanol. Além disso, a desconfiança com as bebidas alcoólicas provocou queda de 11% nas vendas de destilados, segundo a Scanntech.

Diante do cenário, o Ministério da Justiça criou um comitê intersetorial, coordenado pela Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), para desenvolver tecnologias de rastreabilidade em parceria com universidades e fabricantes.

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