Samarco encerra recuperação judicial e reforça compromisso com reparação
Mineradora manteve diálogo com credores, investidores e autoridades, conquistando credibilidade no processo de reestruturação
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A Samarco encerrou oficialmente seu processo de recuperação judicial, iniciado em 2021 para reestruturar passivos superiores a R$ 50 bilhões. A decisão foi autorizada pela 2ª Vara Empresarial da Comarca de Belo Horizonte, após comprovação de que a mineradora cumpriu integralmente as obrigações previstas no Plano de Recuperação Judicial. O encerramento ocorre pouco mais de três anos após o início do processo, em um movimento considerado rápido para o setor.
À frente da companhia, o presidente Rodrigo Vilela destacou o significado do desfecho. “O encerramento antecipado da recuperação judicial demonstra nossa capacidade de reestruturação e reformula nosso compromisso com nossas obrigações e responsabilidades, sobretudo o Acordo de Reparação da Bacia do Rio Doce”, afirmou Vilela.
A gestão de Vilela é marcada por medidas de disciplina financeira e de retomada gradual das operações, sempre com foco na sustentabilidade e no cumprimento das obrigações de reparação socioambiental. Sob sua liderança, a Samarco manteve diálogo com credores, investidores e autoridades, conquistando credibilidade no processo de reestruturação.
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Com o encerramento da recuperação judicial, a empresa se posiciona em uma nova fase, voltada ao fortalecimento operacional e à continuidade do programa de reparação integral dos danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão, em 2015. O resultado é visto como um marco para a mineradora e um reconhecimento da capacidade de gestão da atual diretoria.
A diretora Jurídica, de Riscos e Conformidade da Samarco, Najla Lamounier também destacou o que representa esse desfecho: “O encerramento da recuperação judicial da Samarco, deferido pela 2ª Vara Empresarial da Comarca de Belo Horizonte, é a confirmação de que é possível conduzir uma reestruturação complexa com responsabilidade, segurança jurídica e respeito aos compromissos assumidos”.
R$ 484,82 milhões
foi o valor distribuído pela ANM referentes à Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (Cfem) arrecadada em julho
“Neste processo, conseguimos preservar nossa capacidade operacional e também nossa função social, cumprindo com nossas obrigações de reparação, mantendo e criando empregos, gerando impostos e tributos e compartilhando valor com a sociedade. O encerramento antecipado da recuperação judicial demonstra nossa capacidade de reestruturação e reforma nosso compromisso com nossas obrigações e responsabilidades, sobretudo o Acordo de Reparação da Bacia do Rio Doce”
Rodrigo Vilela - Presidente da Samarco
ANM reduz risco de barragem da Vale em Ouro Preto
A Agência Nacional de Mineração (ANM) reclassificou a barragem Forquilha III, da Vale, em Ouro Preto (MG), do nível de emergência 3 – o mais alto da escala – para nível 2, após avanços técnicos significativos. A decisão foi baseada em novos estudos geotécnicos, ensaios laboratoriais e calibração de instrumentos, que permitiram maior alinhamento entre as análises e as condições reais da estrutura. A medida reconhece os esforços contínuos da companhia em seu programa de descaracterização de barragens a montante.
A Vale destaca que a barragem, atualmente inativa, permanece sob monitoramento ininterrupto, 24 horas por dia, por meio de seus Centros de Monitoramento Geotécnico, integrando o Programa de Descaracterização de Barragens a Montante. A companhia reforça ainda que todas as suas estruturas de rejeitos estão em plena conformidade com o Padrão Global da Indústria para a Gestão de Rejeitos (GISTM), referência máxima mundial em segurança de barragens de mineração. Desde 2019, a Vale já concluiu 57% do programa de descaracterização, demonstrando seu compromisso com a evolução contínua da gestão de barragens e com os mais altos padrões de responsabilidade e segurança.
Com a reclassificação, resta apenas uma barragem no Brasil em nível 3 de emergência: a Serra Azul, da ArcelorMittal, em Itatiaiuçu (MG). A permanência dessa estrutura no mais alto grau de risco expõe a ArceloMittal a maior pressão regulatória e social, em contraste com os avanços demonstrados pela Vale em seu processo de adequação e monitoramento das estruturas de rejeitos. Com informações de Notícias de Mineração.
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Galapagos Capital promove em São Paulo debate sobre o setor mineral
Amanhã, na sede da Galapagos Capital, companhia global de investimentos, acontecerá o GiroBusiness, que discutirá o futuro da mineração no cenário global. O encontro reunirá lideranças como Lucas Kallas, presidente do Conselho da Cedro Participações S.A., Marco Braga, diretor do Novo Carajás da Vale, e Thiago Lofiego, diretor de Relações com Investidores e JVs da Vale. A mediação será de Sergio Waib, empreendedor e apresentador do programa Giro Business da BandNews.
As opiniões expressas neste texto são de responsabilidade exclusiva do(a) autor(a) e não refletem, necessariamente, o posicionamento e a visão do Estado de Minas sobre o tema.