Desemprego recua a menor taxa até maio na série histórica; veja números
A Pnad olha tanto para o emprego formal, com carteira assinada ou CNPJ, quanto para o setor informal, que inclui os populares bicos
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Siga noRIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) - A taxa de desemprego recuou a 6,2% no Brasil no trimestre encerrado em maio, apontam dados divulgados nesta sexta-feira (27) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
É o menor patamar para esse intervalo na série histórica iniciada em 2012. O indicador estava em 6,8% nos três meses até fevereiro, que servem de base de comparação na Pnad Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua).
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Analistas do mercado financeiro esperavam desocupação de 6,3% até maio, segundo a mediana das projeções coletadas pela agência Bloomberg. O intervalo das estimativas ia de 6,2% a 6,7%.
A Pnad olha tanto para o emprego formal, com carteira assinada ou CNPJ, quanto para o setor informal, que inclui os populares bicos.
Apesar do choque de juros praticado pelo BC (Banco Central) para conter a inflação, o mercado de trabalho ainda mostrou sinais de força ao longo dos últimos trimestres.
O IBGE destacou que o contingente de trabalhadores com carteira assinada no setor privado renovou o patamar recorde da Pnad: 39,8 milhões.
Houve uma leve variação positiva de 0,5% ante o trimestre até fevereiro (39,6 milhões) e alta de 3,7% na comparação com o mesmo trimestre do ano passado (38,3 milhões).
No total, a população ocupada com algum tipo de trabalho alcançou 103,9 milhões. É o maior nível da série. O indicador aumentou 1,2% ante fevereiro (102,7 milhões) e 2,5% em um ano.
"Os principais responsáveis para a redução expressiva da taxa de desocupação foram o aumento do contingente de ocupados, que cresceu 1,2 milhão de pessoas, naturalmente reduzindo a desocupação, além de taxas de subutilização mais baixas", disse William Kratochwill, analista da pesquisa do IBGE.
"Assim, semelhante às divulgações anteriores, o mercado de trabalho se mostra aquecido, levando à redução da mão de obra mais qualificada disponível e ao aumento de vagas formais", completou o técnico.
O número de desempregados foi estimado em 6,8 milhões até maio. Houve redução de 8,6% (menos 644 mil pessoas) na comparação com o trimestre até fevereiro (7,5 milhões) e de 12,3% (menos 955 mil) em relação a um ano antes.
Nas estatísticas oficiais, uma pessoa de 14 anos ou mais é considerada desempregada quando não está trabalhando e segue à procura de oportunidades.
A taxa de desocupação havia marcado 6,6% no trimestre até abril, mas o IBGE evita a comparação direta entre intervalos com meses repetidos. É o caso dos períodos finalizados em abril e maio.
A menor taxa já registrada na Pnad foi de 6,1% no trimestre até novembro de 2024. A maior, por outro lado, foi de 14,9% nos intervalos encerrados em setembro de 2020 e março de 2021, durante a pandemia.
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